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domingo, 1 de julho de 2012

Um em cada dez empregados de Wall Street é um psicopata


Alexander Eichler Talvez Patrick Bateman não tenha sido um caso atípico. Um em cada dez empregados em Wall Street é provavelmente um psicopata clínico, escreve Sherree DeCovny num trabalho que acabou aparecendo na publicação comercial CFA Magazine. No conjunto da população, a proporção está próxima a um por cento. "Um psicopata financeiro pode apresentar um perfil perfeitamente equilibrado para o posto de trabalho de diretor executivo, diretor, companheiro de trabalho e membro da equipe porque suas características destrutivas são praticamente invisíveis", escreve DeCovny, que reúne a investigação de vários psicólogos para seu trabalho, o qual sugere de forma otimista que as empresas financeiras não contratam psicopatas extremos. Claro, o comportamento psicopata é de amplo espectro. Num extremo está Bateman, retratado por Christian Bale, no filme de 2000 "American Psycho" como um banqueiro de investimentos que na realidade assassina pessoas sem o menor remorso. Quando os profissionais de saúde mental falam a respeito dos "psicopatas" tem em consideração uma amplo intervalo de comportamento. Um psicopata clínico é brilhante, gregário e encantador, escreve DeCovny. Mente facilmente e com frequência, e pode até sentir empatia por alguém. Provavelmente é também alguém mais disposto a aceitar riscos perigosos, seja porque conhece as consequências, seja porque não se preocupa. Um predisposição ao risco pode parecer uma característica comercial positiva em Wall Street, onde as grandes jogadas às vezes levam a grandes recompensas. Mas para aqueles de que fala DeCovny, os resultados importam menos que as jogadas em si mesmas, e o estímulo químico de serotonina e endorfinas que as acompanham. É apenas a primeira vez que a enfermidade mental tem sido equiparada com certa capacidade para o êxito profissional, especialmente no setor financeiro, onde alguns especuladores (stock traders) na realidade tem pontuado mais alto que psicopatas diagnosticados em testes que medem o espírito competitivo e a atração pelo risco. Alguns psicólogos levam tempo afirmando que as qualidades que servem para um político ou corretor de bolsa bem-sucedidos são também as mesmas características que os psicopatas exibem abundantemente. Outros pesquisadores o associam aos patrões como espécie, afirmando que em torno de 4 por cento de todos os executivos são psicopatas, e que sua relativa falta de escrúpulos é que os ajuda a se destacarem nos negócios. Ao mesmo tempo, o ambiente rapidamente mutável e de grande pressão de Wall Street, provavelmente ponha em perigo a saúde mental de alguns de seus empregados. Um estudo recente descobriu que muitos banqueiros jovens sofrem de alcoolismo, insônia, transtornos alimentares e outras doenças relacionadas ao stress após poucos anos no emprêgo. Os corretores da bolsa também tem mostrado uma tendência a experimentar depressão clínica numa proporção mais de três vezes que a população em geral. DeCovny escreve que para alguém com um problema "latente" de jogo compulsivo, um posto de corretor da bolsa pode desencadear respostas patológicas que conduzam a pessoa a um padrão crescente de mentiras, dívidas e inclusive malversação e fraude. Uma pessoa com este problema se sentiria satisfeita com uma enorme perda porque em seu cérebro ocorre uma forma particular de recompensa, a qual, segundo DeCovny pode explicar as atividades de alguns corretores de bolsa notórios pilantras como Kweku Adoboli, Jerome Kerviel e Nick Leeson, três homens que jogaram e perderam o equivalente a 10,3 bilhões para suas instituições ao longo dos últimos 17 anos.
 VIA: http://josejustino.blogspot.com.br/2012/03/um-em-cada-dez-empregados-de-wall.html

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