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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SUS EM CRISE – Vale tudo: Prefeituras precarizam o SUS infringindo Constituição e até a CLT

Expedientes cada vez mais prejudiciais aos médicos estão sendo adotados por governos municipais. Em muitos casos, como nesse de uso de pessoa jurídica, viola-se ao mesmo tempo a Constituição Federal, que exige concursos públicos para o acesso ao serviço público e a CLT, porque empregado não pode ser contratado com pessoa jurídica nesses casos. A precarização e a ilegalidade proliferam, prejudicando o funcionamento do SUS. Falta vontade política para constituir carreiras que sejam capazes de atrair e fixar os médicos necessários ao atendimento da fração majoritária da nossa população.

Terceirização dribla falta de médicos
Sem candidatos em concursos, cidades aderem a credenciamento de profissionais com CNPJ para não desassistir população

Antoniele Luciano – da Tribuna do Norte – Diário do Paraná

Para driblar a falta de médicos inscritos nos concursos públicos municipais, prefeituras da região estão aderindo cada vez mais ao credenciamento de médicos que possuam Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). É a terceirização do setor. Em Apucarana, chamamentos públicos estão abertos para ajustar contratos de trabalho com pediatras, ginecologistas e clínicos gerais para atendimento comum e plantão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

De acordo com informações obtidas junto à coordenação do Programa Saúde da Família da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (AMS), já faltam médicos em até quatro postos de saúde. Com isso, alega o órgão, a contratação, considerada legal por se tratar de pessoa jurídica, é vista como forma de evitar que a população seja desassistida.

Será necessário contratar pelo menos quatro clínicos gerais através do credenciamento, segundo o PSF. Além do atendimento nas UBS’s, há demanda para o cumprimento de plantão nos postos em que há funcionamento até às 22 horas. Também será preciso contratar mais pediatras e ginecologistas, caso surjam médicos interessados em se credenciar, em razão de uma demanda constante. As maiores baixas entre os credenciados seriam em virtude de residências médicas de especialização.

O salário previsto em edital no chamamento público é de R$ 5.265,70 para uma jornada de 40 horas semanais. O prazo máximo para credenciamento varia de acordo com a especialidade médica, podendo ser consultado no www.apucarana.pr.gov.br. Quase 30% dos médicos da rede não são concursados. De 32, 23 são efetivos.

O prefeito de Apucarana, João Carlos de Oliveira (PMDB), avalia que a baixa procura de médicos em concursos realizados no município reflete a escassez de profissionais. “Hoje, se tem ofertas de todos os tipos. Têm profissionais que começam a trabalhar em um lugar e depois mudam para outro, que oferece uma oferta mais vantajosa”, destaca.

FONTE: http://faxsindical.wordpress.com/2012/01/15/sus-em-crise-vale-tudo-prefeituras-precarizam-o-sus-infringindo-constituicao-e-ate-a-clt/

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ACUSADOS DE FRAUDAR PLANTÕES E LICITAÇÕES DE HOSPITAL TÊM AÇÃO PENAL SUSPENSA PELA JUSTIÇA

A ação penal contra 48 médicos, empresários e funcionários públicos acusados de participar de esquema de fraudes em plantões e em licitações do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (99 km de São Paulo) foi suspensa por meio de uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O desembargador Miguel Marques e Silva, da 15ã Turma do TJ-SP, concedeu na sexta-feira (20) habeas corpus a um dos acusados, o empresário Edison Aleixo, e estendeu os efeitos a todos os demais. A ação está suspensa até o julgamento final do habeas corpus.

A Procuradoria Geral de Justiça do Estado deve recorrer.

A promotora Maria Aparecida Castanho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Sorocaba, afirma que como os réus estão soltos, é possível que o habeas corpus demore a ser julgado. Com isso, segundo ela, há risco de os crimes prescreverem.

"O risco é esse processo ficar paralisado por um tempo muito grande, porque no TJ o habeas corpus não têm preferência de julgamento, pois os réus estão soltos. O risco agora é de impunidade."

HABEAS CORPUS

O advogado Paulo Fernandes Lira, que representa Edison Aleixo, afirma que deu entrada no habeas corpus por ver constrangimento ilegal contra seu cliente.

Segundo ele, as quebras de sigilo telefônico, fiscal e bancário de seu cliente não poderiam ter sido autorizadas porque não houve investigação preliminar para isso. O Ministério Público, porém, afirma que a investigação foi feita.

Aleixo fornecia próteses para hospitais e é acusado de direcionar licitações. Seu advogado não quis se pronunciar sobre a alegação do cliente em relação à acusação.

Segundo as investigações, o esquema no qual funcionários recebiam por plantões não cumpridos e licitações eram fraudadas começou em 2009.

Em junho do ano passado, 12 pessoas foram presas temporariamente e liberadas dias depois.

Quase 50 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual sob acusação de formação de quadrilha, a partir de investigação sobre fraudes em plantões e em licitações do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (99 km de São Paulo).

Na segunda-feira (17), a Polícia Civil encerrou o primeiro inquérito aberto para apurar o esquema, em que médicos recebiam por plantões que não davam. Segundo o delegado Rodrigo Ayres da Silva, que presidiu a investigação, 49 nomes foram indiciados, mas um dos médicos conseguiu comprovar que realizou os plantões, por isso não entrou na denúncia do Ministério Público.

Entre os indiciados está o ex-secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo Jorge Roberto Pagura. Médico neurocirurgião, ele foi denunciado sob acusação de formação de quadrilha e falsidade ideológica.

Segundo a Polícia Civil, ele ainda pode ser alvo de investigação pelo Ministério Público Federal por peculato --desvio de verba por funcionário público.

De acordo com o delegado, por meio de depoimentos e análise de documentos foi possível comprovar as ausências de Pagura. "Ele deveria comparecer por 20 horas semanais, mas nunca esteve em Sorocaba. Está comprovado que era um funcionário fantasma", afirmou.

Para a Polícia Civil, a lista de presença dos plantões chegou a ser enviada a São Paulo, onde era assinada e retornava ao hospital. No dia 11 de dezembro de 2010, por exemplo, Pagura assinou a lista de presença, mas, segundo a investigação, ele estava no Rio de Janeiro assistindo a um campeonato de pólo aquático.

Em junho deste ano, 12 pessoas chegaram a ser presas temporariamente e liberadas dias depois. Pagura não foi preso, mas deixou o governo. O ex-diretor do hospital Ricardo Salim foi denunciado sob acusação de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica e corrupção passiva.

OUTRO LADO

O advogado do ex-secretário, Frederico Crissiúma de Figueiredo, afirmou que ele prestava serviços de assessoria em projetos para o hospital, e não atuava como médico. Por isso, diz o advogado, ele não precisava cumprir expediente no local nem fazia plantões extras.

Figueiredo diz ainda que as investigações contra Pagura não têm validade, porque um juiz de primeira instância não poderia ter determinado a quebra de sigilo telefônico de um secretário estadual. O advogado declarou que pretende tomar medidas para anular a investigação.

Segundo o delegado, a investigação se ateve à conduta de Pagura enquanto médico, não como secretário. "Nenhum ato dele a partir de janeiro de 2011 foi analisado", afirmou.

VIA: http://caosnasaudepublica.blogspot.com/2012/01/acusados-de-fraudar-plantoes-e.htm

Pagamento incorretos dos reajustes salariais

O SindSaúde-SP recebeu muitas queixas de trabalhadores da saúde que, nos pagamentos previstos em 20 de dezembro e 26 de janeiro referentes à reestruturação de cargos e salários do pessoal da saúde (técnico e administrativo), ou não receberam pagamento ou receberam menos do que teriam direito.

A direção do SindSaúde-SP, ciente dos problemas, já solicitou reunião com o governo para saber a causa dos pagamentos diferenciados e cobrar providências urgentes.

http://www.sindsaudesp.org.br/

domingo, 29 de janeiro de 2012

Minas e armadilhas

Diria que o maior inimigo do estado social é o estado deplorável do egoísmo a que chegámos e a falta de sentido de Estado revelada pelas gentes que o deveriam defender.

Essas gentes são os nossos políticos, a classe empresarial subsídio-dependente, as clientelas que se apresentam sem cor para melhor se encaixarem em qualquer uma que lhes mantenha o privilégio e os falsos desfavorecidos alapados à economia paralela e sentados à mesa do orçamento para o qual não contribuem.

O estado social deixou-se minar pelos anti-sociais, gentes que viram forma de ganhar a vida à sua sombra e outras gentes que o parasitaram até à exaustão.

O falso remédio é acabar com ele. O estado social não pode ser objecto de eutanásia, nem do prolongamento da vida vegetal.

Para bem de todos, da nossa dignidade, dos nossos princípios humanistas, da nossa qualidade e da nossa segurança há que descobrir a cura que o recupere e o mantenha saudável.

FONTE: http://barbearialnt.blogspot.com/

sábado, 28 de janeiro de 2012

Pinheirinho: a força da grana que destrói coisas belas

S. José dos Campos é uma das cidades mais prósperas do interior paulista. É o maior centro tecnológico aero-espacial do Brasil. Algumas das empresas instaladas na cidade: Panasonic, Johnson & Johnson, General Motors, Petrobras, Ericsson, Monsanto, Mectron, Embraer (sede), entre outras. Possui importantes centros de ensino e pesquisas como: o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, o Instituto de Controle do Espaço Aéreo, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Instituto de Estudos Avançados, o Instituto de Aeronáutica e Espaço, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o Instituto de Fomento Industrial, Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos, o Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento.

O perfil do eleitor de S. José dos Campos, como em boa parte do interior paulista, é conservador. Portanto vota nos candidatos do PSDB/DEM. Pois bem. Geraldo Alckmin iniciou sua “carreira” ali, no Vale do Paraíba. Boa parte do seu rabo político está presa naquela região.

Até bem pouco tempo, Pinheirinho não era uma área de grande valor. Aguardava decisão da justiça para ser vendido e sua receita ressarcir as empresas credoras da Selecta (Naji Nahas). Logicamente, como todo capitalista e neste caso, o mais infame, o especulador que não produz nada, não gera empregos e apenas joga seus dados na Bolsa de Valores, Nahas deixou de pagar os impostos do terreno, já que, juridicamente, não lhe pertenceria mais. As dívidas do IPTU se acumularam e hoje atingem a casa dos 15 milhões. Mas, sabe como é, né? Prefeito da mesma famiglia tucana que é da mesma famiglia das empresas credoras, que são da mesma famiglia dos advogados, dos juízes… a dívida engordava na lentidão da justiça contra a Selecta para chegar ao epílogo. E sabemos, assim como até uma portas sabe, que naquele típico emaranhado de engrenagens jurídicas que envolvem a espécie “colarinho branco”, engavetam-se seus processos e suas dívidas entra prefeito sai prefeito. Ad infinitum. Por isso o bairro de Pinheirinho tem 8 anos de idade.

Até 2004, o terreno de Pinheirinho produzia grama e era habitado por diversas famílias de… formigas. Como é natural dessa espécie de área urbana largada às moscas, foi sendo invadido por gente pobre, mão-de-obra em S. José dos Campos e região. Pedreiros, eletricistas, carpinteiros, metalúrgicos, operários, diaristas – além, é claro, dos sem-teto e desempregados (que certamente são minoria nos dias de hoje). Embora tecnicamente ilegal, como a quase totalidade das favelas Brasil a fora, a invasão de Pinheirinho não incomodou ninguém nos últimos anos. Pelo contrário, até favorecia as empresas da região por manter parte de seus empregados próximos aos seus locais de trabalho.

Aos poucos, Pinheirinho foi se transformando em bairro. Embalados pelo crescimento econômico dos últimos anos, seus habitantes foram construindo suas casas de alvenaria em mutirões suados e se integraram à comunidade de seu entorno. Como qualquer grupo humano que ascende socialmente, foram ampliando suas famílias e seus sonhos. Mobiliaram suas casas, adquiriram eletrodomésticos básicos, seus filhos foram matriculados nas escolas públicas da região, passaram a frequentar a igreja local, pequenos comércios iam se instalando e a essa altura já tinham até sua própria rádio comunitária. Seriam um exemplo: um povo que transformou uma área vazia num bairro habitado por trabalhadores que alcançaram a cidadania por seu próprio esforço e determinação. O Minha Casa, Minha Vida só daria o toque final…

Por outro lado, o Governo Federal reconhecia em Pinheirinho o mesmo problema de milhares de favelas em todo o território nacional. Desde 2004, vinha buscando dialogo com a prefeitura de S. José os Campos para legalizar a área ou viabilizar outra alternativa para os 6 mil habitantes da favela. Mas não é de hoje que a arrogância dos chefes paulistas é empecilho para os governos petistas. Ainda mais no interior, ensebado que é de um conservadorismo arcaico. Abrem a porta só para recolher verbas federais em parcerias como o metrô e conjuntos habitacionais. Em seguida, apagam o Governo Federal das placas das obras. Assim, raramente o paulista fica sabendo dos investimentos federais no estado. O prefeito de S. José dos Campos, assim como muitos do PSDB tem visão higienista em relação aos pobres. Se recusou a cadastrar as famílias de Pinheirinho que já estariam com um pé no Minha Casa, Minha Vida e a área a um passo de ser urbanizada. Sabia que o plano de Alckmin era expulsá-las definitivamente da cidade.

Mas, por que a urgência, a selvageria e o atropelo em esvaziar Pinheirinho antes mesmo de providenciar o mínimo de estrutura para acomodar o povo de lá? Um dos motivos da pressa era a necessidade de “liberar” a área antes do fim do recesso parlamentar. Alckmin não queria amolação de deputado esbravejando. Já bastavam os entraves causados na guerra de liminares que precedeu o ataque. Na sexta-feira, 20 de janeiro de 2012, o destino de Pinheirinho já estava traçado. A reintegração de posse seria na porrada. Mesmo que resultasse em “acidentes de percurso” como a morte de alguns habitantes. Outro motivo pode ter sido o fato de que S. José dos Campos fôra indicada pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo como uma das cidades-sede das seleções que disputarão a Copa do Mundo. E essa “indicação” estaria amarrada a grupos investidores também amarrados ao rabo político de Alckmin. Por isso a área supervalorizou em menos de dois anos. Certamente o governador vinha sendo pressionado pelos investidores para “resolver o problema humano” de Pinheirinho. Assim, de um dia para outro a área tornou-se “invadida por vândalos, traficantes, bandidos – a escória da humanidade”, segundo o PiG. Em alguma gaveta da TurSP, devem estar guardadas as plantas e estudos para a construção de toda a infra-estrutura que receberá os times da Copa: hotéis 5 estrelas, centros de treinamento, restaurantes, shopping-center etc.

Domingo, 22 de janeiro, as famílias de Pinheirinho dormiam tranquilas. Sonhavam seus filhos crescidos, sonhavam outros filhos por nascer num mundo melhor, sonhavam dignidade. E como é de costume aos domingos, vestiriam suas melhores roupas. Haveria um churrasco na casa de fulano, uma festa de aniversário na casa de sicrano, o almoço de família na casa de beltrano. Um casal de adolescentes iria descobrir o primeiro beijo e as crianças iriam sujar suas roupas jogando futebol na rua a ser asfaltada em breve…


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Tj_zHrx7jcU

FONTE: http://oqueseraquemeda.wordpress.com/2012/01/28/3511/#more-3511

Linha de brinquedos portugueses para crianças invisuais

São brinquedos coloridos, com texturas e materiais diferentes, que foram concebidos “expressamente a pensar em crianças com dificuldades visuais”, explica Leonor Pereira, mestre em Engenharia Têxtil pela Universidade do Minho (UMinho), que desenvolveu a dissertação «Design Inclusivo: Tocar para Ver – Brinquedos para Crianças Cegas e de Baixa Visão».

Esta linha de divertimentos infantis visa ajudar as crianças a interagir de forma saudável com os restantes colegas. “É incluí-las a todos os níveis, proporcionar-lhes maneiras de brincar, conviver e interagir entre as duas realidades”, explica. Não basta criar peças de ‘design’ por si só, esclarece Leonor Pereira, que é professora do ensino básico há vários anos. O objetivo principal é conceber produtos com qualidade estética e tátil, que visa proporcionar uma maior integração das crianças com problemas visuais no meio envolvente.
O desenvolvimento da motricidade fina e da perceção de texturas por parte das crianças envolvidas é notório: “São brinquedos que elas podem explorar com as mãos, descobrindo as diferentes texturas, reconhecendo as formas, os pormenores, as semelhanças e as diferenças, bem como estimular a coordenação e a integração dos sentidos”.

Estas peças foram testadas por crianças de um jardim de infância do distrito de Aveiro, com idades compreendidas entre os três e seis anos. O feedback foi “muito positivo” e os resultados decorrentes desta nova forma de inclusão social foram vantajosos: “A interação entre as crianças foi extremamente engraçada e enriquecedor verificar que elas perceberam o sentido da brincadeira e partilharam a mesma experiência que as restantes”, certifica a professora.
As peças foram construídas com base nas texturas, relevos e cores recorrendo, por isso, a diferentes malhas e bordados, percetíveis através do tato. Leonor Pereira aproveita para referir a escassez de brinquedos adaptados, obrigando os educadores a construir do zero objetos didáticos, sem terem muitas vezes formação para tal. A comercialização é uma possibilidade: “Ficamos com uma forte vontade de concretizar este projeto e torná-lo mais real, à disposição de todos”, assinalou ainda.

A pouca formação dos professores relativamente à educação especial é uma das críticas apontadas pela antiga aluna da UMinho. “É muito difícil conseguirmos perceber as necessidades das crianças cegas, autistas ou surdas. Temos sempre o apoio dos professores do ensino especial, que trabalham especificamente com eles, mas nem sempre é suficiente”, explica.

A formação inicial, a aposta em equipamentos e a adaptação dos espaços nas escolas são algumas das sugestões. Esta não é, segundo Leonor Pereira, uma sociedade completamente inclusiva, porque ainda há muitas barreiras: “As crianças com deficiências não usufruem das mesmas oportunidades do que as restantes”, conclui.]

FONTE: http://inclusaoaquilino.blogspot.com/2011/12/linha-de-brinquedos-portugueses-para.html

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Greve de funcionários da Radiologia do HC

Nova paralisação de serviços do Hospital de Clínicas em Curitiba. Funcionários do setor de Radiologia entraram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. O Sinditest-PR, sindicato que representa a categoria, informa que apenas 30% dos cem servidores do setor estavam trabalhando na manhã desta quarta. Exames foram cancelados e as consultas serão remarcadas a partir de amanhã.

A última greve no HC durou 101 dias. A direção do hospital diz q1ue a greve não tem suporte legal e diz respeito a situações particulares de alguns servidores. A categoria exige o pagamento dos adicionais de radiação ionizante e insalubridade, determinados por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2012
FONTE: http://www.fabiocampana.com.br/2012/01/greve-na-radiologia-do-hc/

VERDADEIRO OU FALSO? OS TELEFONES CELULARES INTERFEREM COM OS APARELHOS ELETRÔNICOS DE UMA UTI

Verdadeiro, desde que colocados muito próximos aos aparelhos eletrônicos (monitores, ventiladores mecânicos e bombas de infusão). Os telefones celulares não oferecem perigo quando utilizados numa distância superior a 50 cm - 1 metro.


Ref: Derbyshire S: BMJ 2006, 333: 767-8; Lieshout E: Crit Care 2007; 11: R98


Flávio E. Nàcul
FONTE: http://artigoscomentados.blogspot.com/2011/12/verdadeiro-ou-falso-os-telefones.html

domingo, 22 de janeiro de 2012

Governo do Estado qualifica nova Organização Social para gerir serviços de saúde

O Secretário de Estado da Saúde, Waldson de Souza, concedeu uma entrevista na tarde de sexta-feira (6) para explicar sobre a posição do Governo do Estado em qualificar mais uma Organização Social (OS) para gerir os serviços de saúde na Paraíba. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado dessa quinta-feira (5), por meio da Secretaria de Estado da Administração.
Em entrevista coletiva à imprensa no auditório da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) Waldson Souza explicou que a Associação Internacional de Ações Humanitárias AçãoMedVida já é bastante conhecida já que ela atua em São Paulo e outros Estados da Região Sul e Sudeste. “ O que o Estado fez com a Cruz Vermelha acaba de fazer com essa Organização Social e tudo está dentro das Lei Federal lei Nº 9.637 de 15 de maio de 1998 e da estadual 9.454 de 6 de outubro de 2011”, afirmou o secretário.
Com mais essa decisão, o Estado tem agora quatro Organizações Sociais qualificadas para gerir e administrar os serviços de saúde do Estado. São Elas: a Cruz Vermelha, a Pró Saúde, O Instituto Social Fibra e agora a AçãoMedVida. Dessas quatro apenas duas estão gerindo os serviços de saúde, A Cruz Vermelha, que atua no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa e o Instituto Social Fibra que está gerindo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarabira.
Waldson Dias de Souza disse que a intenção do Governo do Estado é expandir o processo de pactuação para todo a Paraíba, principalmente para os hospitais de grande porte e os 12 regionais. “A experiência está dando certo, a população está gostando, estamos agindo dentro da lei, e não tem porque não estender o serviço para todo o Estado para que as pessoas tenham direito a um serviço eficiente e de qualidade”, afirmou o secretário.

O secretário afirmou que desde que a Cruz Vermelha passou a administrar o Trauma de João Pessoa, a unidade de saúde só tem conseguido resultados positivos. “A gente conseguiu reduzir custos, ampliamos os leitos, fizemos investimentos que melhoraram a prestação de serviços à população, como também os funcionários agora têm carteira assinada e com isso tem garantido todos os seus direitos trabalhistas, levando-se em consideração ainda que o Trauma resgatou o seu perfil de atendimento na área de urgência e emergência, já que estava funcionando como hospital geral e o melhor de tudo isso, a população aprovou e está satisfeita com as mudanças”, comentou Waldson Souza.

Ainda com relação ao Trauma, o secretário afirmou que já foi iniciada a ampliação dos leitos de UTI Geral que passarão de 10 para 18 num investimento estimado em R$ 1 milhão. “Investimos também em equipamentos, na alimentação e em vários outros setores e serviços”, disse.

Ele deixou claro que qualquer Organização Social pode pleitear a sua qualificação junto a Secretaria de Administração do Estado. Se o processo for aprovado, cabe a Secretaria da Saúde avaliar se a OS cumpre os requisitos técnicos para gerir e administrar as unidades de saúde do Estado.

Waldson Dias lembrou que a liminar que suspendia a renovação do contrato com a Cruz Vermelha foi cassada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e agora a OS vai gerir o Hospital de Trauma por mais seis meses. O secretário afirmou que as metas da primeira gestão foram alcanças e agora foi feita uma nova repactuação. “O que nós queremos e buscamos com essa pactuação é oferecer um serviço de saúde cada vez melhor à população paraibana”, finalizou o secretário.
FONTE: http://caaporapb.blogspot.com/2012/01/governo-do-estado-qualifica-nova.html

Pará tem o 2º pior índice de médicos por habitante

O Pará é o segundo Estado do Brasil com a menor taxa de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), em relação ao número de habitantes. São 1,5 médicos para cada grupo de mil habitantes. Fica atrás apenas do Maranhão, cuja taxa é de 1,3 médicos. O estudo “Presença do Estado no Brasil”, realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), mostra as desigualdades regionais quando o assunto é saúde.
Para se ter uma ideia, os estados de São Paulo e Minas Gerais apresentam taxa de 3,9 médicos por cada mil habitantes. O maior índice no Brasil é de Sergipe, com 4,2 profissionais para mil pessoas. A média paraense fica abaixo do índice da região Norte (1,9 médicos para cada mil habitantes), e muito abaixo da média nacional, que é de 3,1 médicos. As regiões Sul e Sudeste têm média acima da nacional, com 3,7 médicos.
Segundo a pesquisa, os dados permitem concluir que os profissionais mais bem qualificados estão concentrados nas regiões mais desenvolvidas economicamente.
De acordo com o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, a desigualdade na saúde ocorre porque os equipamentos e a presença dos profissionais é diferenciada. “O Estado tem uma atuação bastante complexa do ponto de vista de um país continental e com uma população que é a quinta do mundo. Essa complexidade é maior pelo fato de termos um sistema único de saúde especialmente na atuação pública, fazendo com que todo o país seja atendido embora as regiões mais ricas sejam aquelas que possuem melhores equipamentos e maior presença de profissionais, quando os estados mais pobres não têm o mesmo padrão de intervenção”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda mil habitantes por médico e, segundo a pesquisa, o Brasil tem 595 habitantes por profissional e ocupa a 84ª posição num ranking de 174 nações. Na contagem de todos os profissionais ativos no Estado, incluindo os que atendem apenas em caráter particular ou por meio de planos de saúde, o Pará tem uma média de 1.351 habitantes por médico.
No interior do Pará, está a maior relação média do país, com um médico para cada 4.466 habitantes. De acordo com a ONG Portal Médico, esta pouca presença de médicos no interior do Estado é resultado da alta concentração dos profissionais em Belém. Ou seja, 73,3% dos médicos ativos do Pará estão concentrados na capital, que reúne apenas 20,4% da população do Estado.
O estudo feito pelo Portal Médico mostrou que, até o ano 2000, existiam apenas cinco cursos de medicina na região Norte: no Amazonas, no Pará, no Tocantins e em Roraima, totalizando 462 vagas por ano.
O quadro atual evoluiu para doze cursos e 972 vagas/ano, um incremento de 140% nos cursos e de 47% nas vagas/ano. Com exceção do Pará, Amapá e Roraima, os demais estados da região ganharam cursos de medicina: Amazonas, Tocantins e Rondônia ganharam dois cursos cada; e o Acre mais um. Assim, o provimento de médicos para a região já está encaminhado, persistindo o quadro inalterado no Amapá, o único Estado brasileiro sem curso de medicina.
A situação do Pará, no entanto, conforme a ONG, poderia ser administrada com uma melhor distribuição de médicos em seu território.
Quanto ao número de leitos em hospitais públicos, o Pará é o 11º estado do ranking, com 11.121 leitos. São Paulo possui o maior número de leitos no país (60.204) e Roraima, o menor (822).

FONTE: http://www.faroldotapajos.com.br/2012/01/para-tem-o-2-pior-indice-de-medicos-por.html

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Projeto cria parceria entre setores público e privado na área social

Projeto cria parceria entre setores público e privado na área social
Reinaldo Ferrigno

Caravalho: setor privado pode contribuir com a construção da cidadania.
O Projeto de Lei 1934/11, do deputado Rogério Carvalho (PT-SE), cria uma nova modalidade de contrato entre os setores público e privado – o Termo de Parceria Social.

Segundo a proposta, por meio desse instrumento, o Poder Público poderá assinar convênios com empresas e instituições sem fins lucrativos para realizar atividades de atenção à cidadania nas áreas de educação e saúde.

Os serviços prestados não poderão ser remunerados e, por isso, não será necessária licitação para a realização dos contratos. Como único benefício, as empresas poderão receber o abatimento de dívidas públicas.

Estímulo
As atividades realizadas pelo setor privado deverão restringir-se a serviços de manutenção de equipamentos, infraestrutura e oferta de material escolar, por exemplo. O valor de cada operação deverá ser de, no máximo, R$ 30 mil.

Segundo Rogério Carvalho, o objetivo da medida é estimular o setor privado a atuar mais ativamente na promoção da cidadania. “É comum a tese de que as instituições privadas poderiam contribuir muito mais para a cidadania, mas não o fazem devido à carga de exigências e às ameaças de sanções”, argumenta.

Em caso de descumprimento do Termo de Parceria Social, o agente público ficará sujeito à perda do cargo. Já o contatado poderá ser proibido de contratar com a administração pública pelo período de dois anos.

Tramitação
O projeto terá análise conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-1934/2011
Reportagem – Maria Neves
Edição – Newton Araújo

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'
FONTE: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/207553-PROJETO-CRIA-PARCERIA-ENTRE-SETORES-PUBLICO-E-PRIVADO-NA-AR

Desvio de rota

Brasil promoveu um desvio em seu histórico desempenho de defesa e promoção dos direitos humanos, especialmente em matéria de direitos sexuais e reprodutivos. No final de outubro, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) Anand Grover apresentou na 66ª Assembléia Geral o relatório sobre “o direito de que toda pessoa goze do mais alto nível possível de saúde física e mental”. O texto trata da “interação entre leis criminais e outras restrições legais relacionadas à saúde sexual e reprodutiva”, citando como efeito a violação da dignidade e da liberdade das pessoas, e defende a remoção dessas barreiras criminais como uma obrigação dos Estados.

Para a advogada e consultora do Ipas Beatriz Galli, o texto de Anand Grover é um marco na área dos direitos sexuais e reprodutivos. “Ele amplia o marco conceitual desde o documento final da Conferência do Cairo, pois avança sobre temas não citados neste documento, como o argumento de que a criminalização do aborto é uma violação de direitos humanos e, portanto, deve ser um obstáculo eliminado. O relator foi muito corajoso, apontando que questões sexuais e reprodutivas, que integram o âmbito da saúde pública, não podem ser tratadas sob a ótica penal”, observa.

O relatório, apresentado no Terceiro Comitê da ONU, em Nova Iorque, enfatizou o impacto que a criminalização do aborto tem nas prerrogativas à saúde das mulheres. “Tais leis infringem a dignidade e a autonomia das mulheres ao restringir severamente o poder de decisão delas no que diz respeito à saúde sexual e reprodutiva”, afirma o relator no texto. Além disso, Anand Grover argumenta que o planejamento familiar é uma forma de empoderamento das mulheres, na medida em que permite escolhas autônomas sobre a vida sexual e reprodutiva. A oferta e o acesso à educação e informação sobre saúde sexual e reprodutiva também integram o rol de componentes essenciais para o direito à saúde. Leis que restringem o acesso à informação, salienta Grover no relatório, “são incompatíveis com a realização plena do direito à saúde”.

Durante sua fala na sessão, Anand Grover criticou o controle do corpo das mulheres por meio de leis criminais que resultam na continuidade de gravidezes não planejadas. Tais leis, destacou o relator especial, perpetuam a estigmatização e a marginalização das mulheres.

Durante a apresentação, a posição dos governos foi variada. A pesquisadora da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) e co-coordenadora do Observatório de Sexualidade e Política (SPW) Sonia Correa, que esteve presente na reunião, afirma que o debate em torno do texto do Anand Grover foi tenso. O relatório foi apresentado junto com outros dois relatórios (sobre tráfico de pessoas e sobre a situação dos defensores de direitos humanos). Estiveram presentes à sessão representantes de diversas ONGs que trabalham com direitos sexuais e reprodutivos, assim como pessoas ligadas a grupos pró-família, anti-direitos das mulheres e conservadores.

O Brasil fez comentários apenas sobre o relatório de tráfico de pessoas, ressaltando a política de combate ao tráfico e enfatizando os países de destino. “Em relação ao relatório do Anand Grover, assim como o dos defensores dos direitos humanos, o governo brasileiro se calou. É um silêncio muito contundente e problemático, pois é contraditório à trajetória de bom desempenho do Brasil no que diz respeito a tais temas”, critica Sonia Correa, lembrando a iniciativa do Brasil na defesa dos direitos humanos, especialmente no caso da relatoria especial do direito à saúde. “O que nos espanta é que este procedimento da ONU foi criado com o apoio significativo do Brasil, no início dos anos 2000. O Anand Grover contou com o apoio de movimentos brasileiros durante sua indicação para ocupar a relatoria especial, em 2006. A apresentação do relatório é uma sessão de governos, um momento político muito denso. Se todos atacam ou se silenciam, a posição do relator fica comprometida. Além disso, o Brasil recentemente teve uma boa participação na 44ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento, em maio. Houve uma mudança que não se pode ignorar”, afirma.

O documento de Anand Grover foi atacado pela Santa Sé, pelo Chile, pela Suazilândia e por Honduras. Sonia Correa destaca a posição chilena para se contrapor à postura brasileira. “O Chile, que possui um governo conservador, apoiou o relatório reservando-se a uma posição idêntica à Santa Sé no que diz respeito ao aborto. No entanto, não desautorizou o conjunto do relatório”, lembra. No hemisfério Sul, Argentina e África do Sul apoiaram o texto de Anand Grover. O primeiro, que discute no Congresso a despenalização do aborto, defendeu o relatório, destacando a importância do texto diante dos debates internos.

De acordo com Sonia Correa, a sessão de apresentação dos relatórios revela um panorama preocupante. “Os únicos países que foram consistentes nos três relatórios foram os europeus. Os Estados Unidos destacaram os direitos LGBT, dando pouca ênfase à questão do aborto. O silêncio da América Latina e de vários outros países, que inclusive têm legislações favoráveis ao aborto, é preocupante. É uma situação do ponto de vista global não muito auspiciosa, porque reflete uma fratura que não deveria existir”, observa Sonia Correa. A pesquisadora da ABIA salienta a importância da mobilização de ONGs no apoio ao relatório.

A posição do Brasil não é casual e corrobora uma postura que, também no plano interno, vem se caracterizando por evitar se pronunciar – quando não, dar um passo atrás, como no caso do kit-anti-homofobia e da Rede Cegonha, política de saúde maternal lançada no primeiro semestre – em assuntos relativos à saúde sexual e reprodutiva.

A consultora do Ipas Beatriz Galli critica a omissão do Brasil. “É surpreendente e desanimadora. O Brasil sempre teve um papel de liderança nas discussões e proposições na área dos direitos humanos, especialmente na temática de direitos sexuais e reprodutivos. Infelizmente, essa postura externa reflete o contexto interno, carregado de controvérsias, no qual o governo reluta em tomar decisões que possam gerar reação de setores conservadores e religiosos. Depois da campanha eleitoral do ano passado [na qual o aborto foi usado como arma contra a então candidata Dilma Rousseff], o governo assumiu uma posição de cautela e abriu espaço para que tais setores interferissem e cobrassem nos processos de elaboração de leis e execução de políticas públicas. Isso não acontecia de forma tão explícita no governo anterior”, analisa Beatriz Galli.

MODIFICADO DE:http://www.clam.org.br/publique/media/Anand_Grover_Report.pdf

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Comer à noite engorda porque o ritmo do corpo fica mais lento

Aquilo que a intuição e os maxilares cansados já sabiam, e as roupas apertadas e a balança não escondiam — especialmente nessas épocas do ano de grande comilança –, mais uma vez é confirmado pela ciência: atacar a geladeira ou mandar brasa na comida à noite, quando o ritmo do corpo é mais lento, faz com que se engorde mais.

Para manter um peso corporal adequado, portanto, é preciso levar muito em conta os horários das refeições. Quem costuma ingerir mais alimentos no período noturno é mais propenso a ganhar peso, confirma uma pesquisa da Universidade de Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos.

Pessoas que consomem mais da metade das calorias diárias após o jantar, ou que trabalham em turnos noturnos, tendem a engordar mais, porque “se alimentam no horário no qual o ritmo natural do corpo pede para dormir”, explica o estudo, publicado na revista Obesity.

O trabalho teve como foco o ritmo circadiano, uma espécie de relógio biológico que aponta quando é hora de dormir, acordar e comer ao longo das 24 horas do dia e que tem um papel importante no estudo da obesidade.

SINCRONIA METABÓLICA

Para chegar à conclusão de que comer sem respeitar o ritmo circadiano metabólico facilita o surgimento da obesidade, os responsáveis da pesquisa estudaram durante seis semanas dois grupos de ratos, que seguiram uma dieta com alto conteúdo em gorduras: um durante as 12 horas do dia e o outro durante as 12 horas noturnas.

Após comparar o peso dos roedores antes e depois da experiência, e levando em conta que essas cobaias têm hábitos noturnos, a equipe observou que aquelas que se alimentavam de dia, o que equivale nos seres humanos a comer de noite, ganharam maior peso do que as outras.

Segundo os especialistas, a falta de sincronia com o ritmo circadiano induz os ratos a comer a mais e faz com que o gasto de energia seja menor, o que os faz engordar.

Diante do resultado dessa pesquisa, os autores opinam que “modificar os horários das refeições pode afetar enormemente o peso corporal, e isso pode ser o princípio do desenvolvimento de novas estratégias para combater a obesidade”.

Consumir a maior parte das calorias durante a noite e ter excesso de peso são coisas que frequentemente andam juntas, devido ao fato de que o metabolismo, ou seja, a velocidade do organismo para queimar calorias, é mais lento quando se está dormindo.

ATAQUES À GELADEIRA

Por essa razão, muito do que se ingere tarde da noite pode acabar sendo armazenado na forma de gordura no corpo. E o que é pior: uma vez que se começou a comer é mais difícil parar: os ataques à geladeira vespertinos e noturnos facilmente podem fornecer 500 calorias de uma só vez, sem que a pessoa se dê conta.

Ao permitir-se comer em excesso, a pessoa cria um círculo vicioso: não só ingere calorias além do necessário, como dilata o seu estômago pela maior quantidade de comida que comeu, fazendo com que precise de mais alimentos para preenchê-lo, o que por sua vez o induzirá a novos exageros.

FONTE; http://www.materiaincognita.com.br/comer-a-noite-engorda-porque-o-ritmo-do-corpo-fica-mais-lento/#axzz1iDc1E2Hm

domingo, 15 de janeiro de 2012

CHURRASCÃO PARA GENTE DIFERENCIADA NA CRACOLÂNDIA


TEM QUE TER TODO DIA

VEJA MAIS EM: http://www.blogcidadania.com.br/2012/01/churrascao-no-vestibulo-do-inferno/
http://blogdosakamoto.uol.com.br/2012/01/15/drogas-matam-mas-matam-quem/
http://www.vejosaojose.com.br/joaoalkimin.htm
http://flitparalisante.wordpress.com/2012/01/15/revolta-da-vacina-as-avessas/
http://flitparalisante.wordpress.com/2012/01/12/pm-ficara-mais-seis-meses-no-centro/
http://altamiroborges.blogspot.com/2012/01/dor-sofrimento-e-erro-de-calculo.html
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=173301&id_secao=1

As doenças que mais venderão em 2012

Como a indústria farmacêutica conseguiu que um terço da população dos Estados Unidos tome antidepressivos, estatinas, e estimulantes? Vendendo doenças como depressão, colesterol alto e refluxo gastrointestinal. Marketing impulsionado pela oferta, também conhecido como “existe um medicamento – precisa-se de uma doença e de pacientes”. Não apenas povoa a sociedade de hipocondríacos viciados em remédios, mas desvia os laboratórios do que deveria ser seu pepel essencial: desenvolver remédios reais para problemas médicos reais.

A reportagem é de Martha Rosenberg, publicada por AlterNet e reproduzida pelo sítio Mercado Ético, 19-12-2011.

Claro que nem todas as doenças são boas para tanto. Para que uma enfermidade torne-se campeã de vendas, ela deve: (1) existir de verdade, mas ser constatada num diagnóstico que tem margem de manobra, não dependendo de um exame preciso; (2) ser potencialmente séria, com “sintomas silenciosos” que “só pioram” se a doença não for tratada; (3) ser “pouco reconhecida”, “pouco relatada” e com “barreiras” ao tratamento; (4) explicar problemas de saúde que o paciente teve anteriormente; (5) precisar de uma nova droga cara que não possui equivalente genérico.

Aqui estão algumas potenciais doenças da moda, que a indústria farmacêutica gostaria que você desenvolvesse em 2012:

Déficit de atenção com hiperatividade em adultos

Problemas cotidianos rotulados como “depressão” impulsionaram os laboratórios nas últimas duas décadas. Você não estava triste, bravo, com medo, confuso, de luto ou até mesmo sentindo-se explorado. Você estava deprimido, e existe uma pílula para isso. Mas a depressão chegou a um ápice, como a dieta Atkins e Macarena. Com sorte, existe o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (DDAH) em adultos. Ele dobrou em mulheres de 45 a 65 anos e triplicou em homens e mulheres com 20 a 44 anos, de acordo com o Wall Street Journal.

Assim como a depressão, a DDAH em adultos é uma categoria que pode englobar tudo. “É DDAH ou menopausa?” pergunta um artigo na Additude, uma revista voltada exclusivamente à doença DDAH. “DDA e Alzheimer: essas doenças estão relacionadas?” pergunta outro artigo da mesma revista.

“Estou deprimida, pode ser DDAH?” diz um anúncio na Psychiatric News, mostrando uma mulher bonita, mas triste. Na mesma publicação, outro anúncio diz “promessas quebradas – adultos com DDAH têm quase duas vezes mais chances de se divorciar”, enquanto estimula médicos a checar a presença de DDAH pacientes para DDAH em seus pacientes.

Adultos com DDAH são normalmente “menos responsáveis, confiáveis, engenhosos, focados, autoconfiantes, e eles encontram dificuldades para definir, estabelecer e propor objetivos pessoais significativos”, diz um artigo escrito pelo dr. Joseph Biederman, psiquiatra infantil de Harvard, que leva os créditos por colocar “disfunção bipolar pediátrica” no mapa. Eles “mostram tendências de ser mais fechados, intolerantes, críticos, inúteis, e oportunistas” e “tendem a não considerar direitos e sentimentos de outras pessoas”, diz o artigo, numa frase que poderia ser usada por muitas pessoas para definir seus cunhados.

Adultos com DDAH terão dificuldade em se manter em um emprego e pioram se não forem tratados, diz WebMD, apontando para o seguindo requisito para as doenças campeãs de venda – sintomas que se agravam sem medicação. “Adultos com DDAH podem ter dificuldade em seguir orientações, lembrar informações, concentrar-se, organizar tarefas ou completar o trabalho no prazo”, de acordo com o site, cujo parceiro original era Eli Lilly.

Como as empresas farmacêuticas conseguiram fazer com que cinco milhões de crianças, e agora talvez seus pais, tomem remédios para DDAH? Anúncios em telas de 9 metros por 7, quatro vezes por hora na Times Square não vão fazer mal. Perguntam: “Não consegue manter o foco? Não consegue ficar parado? Seu filho pode ter DDAH?” (Aposto que ninguém teve problemas em se focar neles!).

Porém, convencer adultos que eles não estão dormindo pouco, nem entediados, mas têm DDAH é apenas metade da batalha. As transnacionais farmacêuticas também têm que convencer crianças que cresceram com o diagnóstico de DDAH a não pararem de tomar a medicação, diz Mike Cola, da Shire (empresa que produz os medicamentos para DDAH: Intuniv, Addreall XR, Vyvanse e Daytrana). “Nós sabemos que perdemos um número significativo de pacientes com mais ou menos vinte anos, pois saem do sistema por não irem mais ao pediatra”.

Um anúncio da Shire na Northwestern University diz “eu lembro de ser uma criança com DDAH. Na verdade, eu ainda tenho”, a frase está escrita em uma foto de Adam Levine, vocalista do Maroon 5. “É sua DDAH. Curta”, era a mensagem subliminar. (O objetivo seria: “continue doente”?).

Claro, pilhar crianças (ou qualquer um, na verdade) não é muito difícil. Por que outra razão traficantes de metanfetamina dizem que “a primeira dose é grátis”? Mas a indústria está tão empenhada em manter o mercado pediátrico de DDAH que criou cursos para médicos. Alguns exemplos: “Identificando, diagnosticando e controlando DDAH em estudantes”. Ou “DDAH na faculdade: procurar e receber cuidado durante a transição da infância para a idade adulta”.

Para assegurar-se de que ninguém pense que a DDAH é uma doença inventada, WebMD mostra ressonâncias magnéticas coloridas de cérebros de pessoas normais e de pacientes com DDAH (ao lado de um anúncio de Vyvanse). Mas é duvidoso se as duas imagens são realmente diferentes, diz o psiquiatra Dr. Phillip Sinaikin, autor de Psychiatryland. E mesmo que forem, isso não prova nada.

“O ponto central do problema é que simplesmente não existe um entendimento definitivo de como a atividade neural está relacionada à consciência subjetiva, a antiga relação não muito clara entre corpo e mente”, Sinaikin contou ao AlterNet. “Não avançamos muito além da frenologia, e esse artigo do WebMD é simplesmente o pior tipo de manipulação da indústria farmacêutica a fim de vender seus produtos extremamente caros. Nesse caso, um esforço desesperado da Shire para manter uma parte do mercado quando o Addreall tiver versão genérica”.

Artrite Reumatóide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença séria e perigosa. Mas os supressores do sistema imunológico que a indústria farmacêutica oferece como alternativa – Remicade, Enbrel, Humira e outros – também são. Enquanto a AR ataca os tecidos do corpo, levando à inflamação das articulações, tecidos adjacentes e órgãos, os supressores imunológicos podem abrir uma brecha para câncer, infecções letais e tuberculose.

Em 2008, a agência norte-americana para alimentação e medicamentos (FDA) anunciou que 45 pessoas que tomavam Humira, Enbrel, Humicade e Cimzia morreram por doenças causadas por fungos, e investigou a relação do Humira com linfoma, leucemia e melanoma em crianças. Esse ano, a FDA avisou que as drogas podem causar “um raro tipo de câncer nas células sanguíneas brancas” em jovens, e o Journal of the American Medical Association (JAMA) advertiu o aparecimento de “infecções potencialmente fatais por legionela e listeria”.

Medicamentos que suprem o sistema imunológico também são perigosos para os bolsos. Uma injeção de Remicade pode custar US$ 2.500; o suprimento de um mês de Enbrel custa US$ 1.500; o custo anual do Humira é de US$ 20 mil.

Há alguns anos, a AR era diagnosticada com base na presença do “fator reumatóide” e inflamações. Mas, graças ao marketing guiado pela oferta da indústria farmacêutica, bastam hoje, para o diagnóstico, enrijecimento e dor. (Atletas e pessoas que nasceram antes de 1970, entrem na fila, por favor).

Além do espaço de manobra para o diagnóstico e um bom nome, a AR possui outros requisitos das doenças campeãs de vendas. “Só vai piorar” se não for tratada, diz WebMD, e é frequentemente “subdiagnosticada” e pouco relatada, diz Heather Mason, da Abbott, porque “as pessoas costumam não saber o que têm, por algum tempo”.

Uma doença tão perigosa que o tratamento custa US$20 mil por ano, mas que é tão súbita que você pode não saber que tem? AR desponta como uma doença da moda.

Fibromialgia

Outra doença pouco relatada é a fibromialgia, caracterizada dores generalizadas e inexplicadas no corpo. Fibromialgia é “quase a definição de uma necessidade médica não atendida”, diz Ian Read, da Pfizer, que fabrica a primeira droga aprovada para fibromialgia, o medicamento anticonvulsivo Lyrica. A Pfizer doou US$ 2,1 milhões a grupos sem fins lucrativos em 2008 para “educar” médicos sobre a fibromialgia e financiou anúncios de serviço da indústria farmacêutica que descreviam os sintomas e citavam a droga. Hoje, a Lyrica lucra US$ 3 bilhões por ano.

Mesmo assim, a Lyrica concorre com Cymbalta, o primeiro antidepressivo aprovado para fibromialgia. A Eli Lilly propôs o uso de Cymbalta para a “dor” física da depressão, em uma campanha chamada “depressão machuca” antes da aprovação do tratamento para fibromialgia. O tratamento de pacientes com fibromialgia com Lyrica ou Cymbalta custa cerca de US$10 mil, segundo diários médicos.

A indústria farmacêutica e Wall Street podem estar felizes com os medicamentos para fibromialgia, mas os pacientes não. No site de avaliação de medicamentos, askapatient.com, pacientes que usam Cymbalta relatam calafrios, problemas maxilares, “pings” elétricos em seus cérebros, e problemas nos olhos. Nesse ano, quatro pacientes relataram a vontade de se matar, um efeito colateral frequente do Cymbalta. Usuários de Lyrica relatam no askapatient perda de memória, confusão, ganho extremo de peso, queda de cabelo, capacidade de dirigir automóveis comprometida, desorientação, espasmos e outros ainda piores. Alguns pacientes tomam os dois medicamentos.

Disfunções do sono: Insônia no meio da noite

Disfunções do sono são uma mina de ouro para os laboratórios porque todo mundo dorme – ou assiste TV, quando não consegue. Para agitar o mercado de insônia, as corporações criaram subcategorias de insônia, como crônica, aguda, transitória, inicial, de início tardio, causada pela menopausa, e a grande categoria de sono não reparador. Nesse outono [primavera no hemisfério Sul], apareceu uma nova versão do Ambien para insônia “no meio da noite”, chamado Intermezzo – ainda que Ambien seja, paradoxalmente, indutor de momentos conscientes durante o sono. As pessoas “acordam” em um blackout do Ambien e andam, falam, dirigem, fazem ligações e comem.

Muitos ficaram sabendo desse efeito do Ambien quando Patrick Kennedy, ex-parlamentar de Rhode Island, dirigiu até Capitol Hill para “votar” às 2h45min da manhã em 2006, sob efeito do remédio, e bateu seu Mustang. Mas foi comer sob o efeito do Ambien que trouxe a pior discussão sobre o medicamento. Pessoas em forma acordavam no meio de montanhas de embalagens de pizza, salgadinhos e sorvete – cujo conteúdo tinha sido comido pelos seus “gêmeos maus”, criados pelo remédio.

Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho

Não é preciso dizer: pessoas com insônia não estarão com os olhos brilhando e coradas no dia seguinte – tanto faz se elas não tiverem dormido, ou se tiverem, em seu corpo, resíduos de medicamentos para dormir. Na verdade, essas pessoas estão sofrendo da pouco reconhecida e pouco relatada epidemia da Sonolência Excessiva durante o Dia. As principais causas da SED são apnéia do sono e narcolepsia. Mas no ano passado, as corporações farmacêuticas sugeriram uma causa relacionada ao estilo de vida: “transtorno do sono por turno de trabalho”. Anúncios de Provigil, um estimulante que trata SED, junto com Nuvigil, mostram um juiz vestindo um roupão preto, no trabalho, com a frase “lutando para combater o nevoeiro?”.

Obviamente, agentes estimulantes contribuem com a insônia, que contribui com problemas de sonolência durante o dia, em um tipo de ciclo farmacêutico perpétuo. De fato, o hábito de tomar medicamentos para insônia e para ficar alerta é tão comum que ameaça a criação de um novo significado para “AA” – Adderal e Ambien.

Insônia que é depressão

Disfunções do sono também deram nova vida aos antidepressivos. Médicos agora prescrevem mais antidepressivos para insônia que medicamentos para insônia, de acordo com a CNN. É também comum que eles combinem os dois, já que “insônia e depressão frequentemente ocorrem conjuntamente, mas não fica claro qual é a causa e qual é o sintoma”.

WebMD concorda com o uso das duas drogas. “Pacientes deprimidos com insônia que são tratados com antidepressivos e remédios para dormir se saem melhor que aqueles tratados apenas com antidepressivos”, escreve.

De fato, muitas das novas doenças de massa, desde DDAH em adultos e AR até fibromialgia são tratadas com medicamentos novos junto com outros que já existiam e que não estão funcionando. É uma invenção das corporações polifarmácia. Isso lembra do dono de loja que diz “eu sei que 50% da minha propaganda é desperdiçada – só não sei qual 50%”.

*Retirado do IHU Online

VIA: http://fopspr.wordpress.com/2011/12/23/as-doencas-que-mais-venderao-em-2012/

Saúde libera recursos para prevenção da obesidade

Para reforçar ações de prevenção e controle da obesidade, o Ministério da Saúde liberou R$ 10,3 milhões para compra de equipamentos que vão identificar casos de excesso de peso em unidades de saúde e em Academias da Saúde, espaços públicos destinados à prática de atividades físicas e promoção de hábitos saudáveis. O repasse foi estabelecido pelas portarias 3156 e 3157, publicadas nesta semana no Diário Oficial da União. A pasta ainda preparar um plano nacional contra a obesidade, que deve ser divulgado no início de 2012.

Serão contempladas com o repasse unidades de saúde em 1.796municípios com adesão homologada ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Essas unidades de saúde terão antropômetros – instrumentos para aferir altura –, balanças pediátricas para crianças menores de 2 anos, balanças com maior capacidade de mensuração, adequadas para diagnóstico de obesidade mórbida além de fitas antropométricas. A portaria 3156 habilita os municípios a receber R$ 3 mil por Unidade Básica de Saúde. Para incluir esses equipamentos nas unidades de saúde serão alocados R$ 10,176 milhões.

As academias da saúde que já estão em funcionamento e que começarão a receber o incentivo de custeio do Ministério da Saúde passarão a contar também com antropômetros, balanças e fitas antropométricas. A portaria 3157 habilita os municípios a receber recursos para a estruturação da Vigilância Alimentar e Nutricional, no valor de R$ 1,5 mil por polo do Programa Academia da Saúde. Os polos receberão ao todo R$ 133,5 mil reais para a compra desses equipamentos.

“Trata-se de mais um esforço para prevenir e controlas a obesidade e as doenças crônicas relacionadas”, ressalta o coordenador adjunto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson. Ele lembra que no Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis, que têm como fatores de risco a inatividade física, a alimentação não saudável, o sobrepeso e obesidade, respondem por 72% das mortes.

Números preocupantes – A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008-2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que metade dos adultos brasileiros apresentam excesso de peso e que 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres são obesos. A obesidade relaciona-se com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. A obesidade também está ainda associada a, doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apnéia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática e distúrbios psicológicos. A doença é, também, fator de risco para problemas de pele e infertilidade.

Além disso, a pesquisa aponta que uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. O percentual de jovens de 10 a 19 anos com excesso de peso passou de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009.

Fonte: Débora Pinheiro / Agência Saúde
VIA; http://www.blog.saude.gov.br/saude-libera-recursos-para-prevencao-da-obesidade/

Aposentadoria do servidor público volta à pauta do Congresso em 2012

Com um deficit estimado em R$ 42 bilhões neste ano, a previdência social dos servidores públicos deverá voltar à pauta do Congresso Nacional no primeiro semestre de 2012. A mais recente tentativa de votação do projeto de lei (PLC 1992/2007), enviado pelo Executivo em 2007 com a finalidade de regulamentar o tema, fracassou na Câmara dos Deputados em 14 de dezembro de 2011, por falta de acordo.

Como o governo conta com a mudança nas regras para reduzir o deficit da Previdência Social no longo prazo, deverá insistir na mudança no próximo ano. No curto prazo, como estima o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, a transição deverá acarretar um aumento pequeno na despesa da União. Mas a previsão é de que, em meados da década de 2040, a União começará a ter um ganho.

Desde 1999, o Executivo quer fazer valer o dispositivo constitucional que permite à União instituir regime de aposentadoria complementar para seus servidores e limitar o valor pago com dinheiro público ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), atualmente em R$ 3.691,74.
Na época, a regulamentação foi tentada por projeto de lei complementar (PLP 9/99), cuja votação não se concluiu porque os partidos que se encontravam então na oposição não aceitavam que o fundo de pensão a ser criado para assegurar a aposentadoria complementar operasse na modalidade exclusiva de contribuição definida.
Como explica o consultor legislativo do Senado Gilberto Guerzoni Filho, em estudo sobre o tema, nessa modalidade somente as contribuições são fixadas. Os valores dos benefícios dependem da rentabilidade obtida pela aplicação dos fundos constituídos pelas contribuições.
- Contrapõe-se à modalidade de benefício definido, na qual o que é previamente estabelecido é o valor do benefício. Essa segunda modalidade é, via de regra, mais sujeita a desequilíbrio atuarial - observa o consultor legislativo.
Com a inviabilização do PLP 9/99, novo esforço para regulamentar a previdência complementar dos servidores públicos começou em 2007, no governo Lula. O PL 1992/2007 resgatou o princípio da contribuição definida e previu a criação de entidade fechada de previdência complementar denominada Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).
Pressões
Quatro anos depois, em 2011, o governo voltou a se empenhar pela aprovação da proposta e conseguiu seu primeiro êxito, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Após muita polêmica - que serviu de prévia para os embates que a matéria enfrentaria nas demais comissões e no Plenário da Casa -, o projeto recebeu aval dos deputados.
Com um pedido de urgência do Executivo, a proposta passou a tramitar em Comissão Geral na Câmara e chegou a ir ao Plenário, mas acabou retirada de pauta no fim do ano legislativo, por falta de acordo dos líderes.
O projeto que saiu do Executivo em 2007 sofreu várias alterações ao longo da tramitação na Câmara. Em linhas gerais, prevê que a previdência complementar valerá para todos os servidores que ingressarem no serviço público após a sanção da lei. Com a limitação das aposentadorias pagas pelo governo ao teto do RGPS (R$ 3.691,74), quem quiser valores maiores deverá se filiar à Funpresp.
Contribuição
Na parcela do salário até R$ 3.691,74, o servidor continuaria contribuindo com 11%. Na parte excedente a esse teto, a contribuição seria de 7,5%, com complementação da União em igual percentual.
Como hoje a União se responsabiliza por 22%, que é o dobro da contribuição do servidor, o Funpresp já seria criado em meio à polêmica sobre a suficiência dos recursos para bancar as futuras aposentadorias e pensões.
- Efetivamente, a contribuição de 7,5% pode ser insuficiente para custear benefícios similares aos que hoje têm direito os servidores públicos - afirma o consultor legislativo Gilberto Guerzoni Filho.
Mas a alíquota de contribuição não é a única polêmica em torno do projeto. Guerzoni afirma que não há, no PL 1992/07, nenhuma previsão sobre o pagamento de auxílio-doença do servidor afastado.
Entidade única
Outra polêmica é quanto à entidade única de previdência complementar e se estabeleceu desde quando o tema foi tratado pela primeira vez, na Emenda Constitucional 20/98. Guerzoni nota que os Poderes Judiciário e Legislativo e o Ministério Público sempre apresentaram reservas à ideia da entidade única, pelo temor de perda de autonomia administrativa e pelo risco de perda de vantagens próprias.

Para ele, o tema é "particularmente sensível" no Poder Judiciário e no Ministério Público, porque a Funpresp abrangerá não apenas os servidores desses órgãos, mas seus próprios membros, ou seja, magistrados, procuradores e promotores de Justiça.
Djalba Lima / Agência Senado
De:http://www.senado.gov.br/noticias/aposentadoria-do-servidor-publico-volta-a-pauta-do-congresso-em-2012.aspx
VIA: http://aposentadosdoinss.blogspot.com/2011/12/aposentadoria-do-servidor-publico-volta.html

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Spammer grudento ataca a internet : http://domar.ru !! Um dia um amigo se viu com seus blogs praticamente invadidos por um spammer muito chato: http:/

Spammer grudento ataca a internet : http://domar.ru !!
Um dia um amigo se viu com seus blogs praticamente invadidos por um spammer muito chato: http://domar.ru
Supostamente um site russo que convinda ao leitor fazer uma inscrição para receber vídeos de graça, mas na realidade um site spammer que, tal qual uma pulga, suga visitas de seu site para poder plantar spam...Essa merda invade todos os blogs da plataforma blogger que você tiver na conta e, como trata-se de um link externo, você não tem como livrar-se dele. Não adianta um antispy ou antivirus, a merda gruda que nem uma praga no seu site e você fica com medo de ser púnido pelo google, de ser invadido por vírus ou spy, enfim muito P da vida com esse infame invasor. Mas o que você deve fazer é NÃO CLICAR NO LINK E ESPERAR O BLOGGER RETIRAR ESSA MERDA DO SEU BLOG...Não fazer mais blogs enquanto ele estiver ali. Não se preocupe, o google não irá puni-lo porque sabe que esse link é externo, e um momento ele sairá do seu pc.
No entanto, dependendo do site que você visitou, você pode ter entrado em contato com o vírus (es) e / ou malware. Faça uma busca completa de vírus e scans de malware no seu computador, e limpar o cache do seu navegador, cookies, exceções e histórico. Google faz filtro referrer spam, os spammers, mas apenas usando domínios diferentes, por isso, um jogo de gato e rato. No longo prazo, referrer spam só vai embora quando se torna improdutivo para os spammers, que será quando ninguém clica nos links.

Fonte: http://oq.dihitt.com.br/noticia/o-q-spammer-grudento-ataca-a-internet-
httpdomarru-
VIA: http://osuperhd.blogspot.com/2011/12/spammer-grudento-ataca-internet.html

Domar.ru en las Fuentes de Tráfico Blogger (Referrer Spam)
¿Te has preguntado por qué tienes Domar.ru/ entre las fuentes de tráfico de visitas en tu Blog de Blogger? ¿Que es Domar.ru y por qué me manda visitas?

Si has estado revisando las estadísticas de visitas de tu Blog de Blogger estos días y te has fijado en el origen de tus visitas, origen que suele ser habitualmente Google, otros buscadores y otros Blogs, es muy posible que veas que buena parte de esas visitas llega de un dominio desconocido: DOMAR.ru

La cosa es simple: http://domar.ru/ es lo que se denomina como un dominio Referrer Spam, que busca popularidad y visitas mediante la técnica de simular que envía visitas a tu Web o Blog (en el caso de Domar.ru especialmente Blogs de Blogger).

¿Como lo consiguen (su objetivo)?
Por un lado, algunas Webs y Blogs tienen sus estadísticas de visitas abiertas o públicas, de tal forma que intentan lograr enlaces a su web (backlinks) que la hagan más popular de cara a Google y demás buscadores. Por otro lado, pretenden recibir visitas directas de los editores de los Blogs cuando estos analizan las fuentes de su tráfico de visitantes.

¿Que podemos hacer para evitarlo?
Poco, más bien nada; en Blogger no tenemos la posibilidad de bloquear las visitas de un determinado dominio o de una IP concreta, cosa que si podemos hacer cuando nuestra Web o Blog está en un dominio propio. Por ello, ya que no podemos evitar que nos genere esas visitas "fantasma" e inútiles, lo que si podemos hacer es NO VISITAR nunca este tipo de Dominios Referrer Spam cuando los vemos en las estadísticas de visitas, porque cada visita le genera ingresos por publicidad, y muy posiblemente hasta pongamos en peligro la seguridad de nuestro ordenador (habitualmente pueden intentar instalar Spyware o Malware de cualquier tipo que haga más rentable su trabajo.

El consejo por lo tanto es evitar la curiosidad, no darles el premio que buscan (las visitas de los bloggers extrañados por esa fuente de tráfico a su Blog), y esperar a que, bien se aburran, o bien Google y el Equipo de desarrollo de Blogger hagan algo para evitarlo, que ellos si pueden.


¿Tu también has recibido visitas de Dominio http://domar.ru/ ? ¿no lo cuentas?

FONTE: http://soyseo.blogspot.com/2011/12/domarru-en-las-fuentes-de-trafico.html

De acordo com http://websiterecord.com/, o domínio de Domar.ru está situado em Dallas, United States. Internet service provider (ISP) é SoftLayer Technologies. O IP é 75.126.150.82.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Balangangueri - O Lugar Onde Ninguém Ri


NOVA OPORTUNIDADE PARA ASSISTIR ESTA EXCELENTE PEÇA TEATRAL QUE REESTREIA EM 13/01/2012

Bailegangaire (título original da peça) em gaélico significa “o lugar onde ninguém mais ri”, ou os cidadãos desta cidade que deixaram de rir, porque, perdendo os parâmetros éticos e infringindo despropositadamente o sistema vigente e as regras sociais, empreenderam um dia um concurso de risadas, cujo final trágico lhes roubou para sempre a possibilidade de achar graça em alguma coisa ou em alguém.

Mommo, uma velha senil, conta às netas Mari e Dolly a antiga história desse concurso de riso, mas nunca consegue chegar ao final da história. A avó está de cama e é um peso para as netas, que já têm em seus próprios dramas problemas suficientes com que se ocupar.

A história narrada por Mommo coloca em uma bodega, às vésperas do Natal, alguns feirantes que, após um dia de maus negócios, se juntam para beber e conversar. De conversas amistosas e piadas, passam a se ofender mutuamente através de insultos, maledicências e imprecações de toda ordem. Ninguém nem nada é poupado: os ancestrais, os contemporâneos, os negócios e as condições existenciais de cada um.

Entre as personagens que ocupam o espaço do bar estão o proprietário do estabelecimento, um explorador das classes menos favorecidas, sua mulher voluptuosa, muito mais jovem e mãe de muitos filhos, um aventureiro e um preguiçoso, um estrangeiro, roceiros pobres e medianos, homens e mulheres simples de boa e má índole e alguns músicos.


Local: Espaço Os Fofos Encenam
Reestreia:13 de janeiro de 2012
Quinta a Sábado, às 21h – Domingo, às 18h
Duração: 1h40
Não recomendado para menores de 14 anos.
Preços: R$ 30,00

Ficha Técnica

Autor: Tom Murphy
Versão em português e Direção : Domingos Nunez
Diretor de Produção: Julio Cesar Pompeo
Produtora Associada: Beatriz Kopschitz
Produtora Executiva: Cristiana Gimenes
Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen e Paula de Paoli
Cenotécnico: Wagner José de Almeida
Direção Musical e Músicas Originais: Eliseu Paranhos
Arranjos: Vinícius Leite
Iluminação: Aline Santini
Preparação Corporal: Sérgio Oliveira ( Cia. Café Dun Dun)
Programação Visual: Agência Nuts
Fotografia: João Caldas

Elenco: Denise Weinberg, Fernanda Viacava, Tatiana Thomé, Hélio Cícero, Renato Caldas , Mario Borges, Eliseu Paranhos, Márcia Nunes, Chico Cardoso, Isadora Ferrite e Julio Cesar Pompeo

Músicos: Vinícius Leite (violão), Sandra Justino (violino) e Aline Reis (acordeom)

FONTE: http://www.cenapaulistana.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1887%3Abalangangueri-o-lugar-onde-ninguem-ri&Itemid=740&lang=

Novas coberturas de planos de saúde

A partir de 1º de janeiro de 2012, entra em vigor a Resolução Normativa nº 262, que atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde com a ampliação da lista dos procedimentos e eventos em saúde que devem ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde. São cerca de 60 novos procedimentos entram em vigor. A medida vale para planos de saúde privados contratados a partir de 1º de janeiro de 1999.

Entre as principais novidades está a cobertura de 41 tipos de cirurgias por videolaparoscopia - técnica mais moderna, menos invasiva, que permite uma recuperação mais rápida do paciente - , substituindo de vez as cirurgias tradicionais feitas por via aberta.

A mais demandada foi a cirurgia de redução de estômago: a ANS recebeu um documento com 2 mil assinaturas pedindo a inclusão desse procedimento na lista das coberturas obrigatórias. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam que em 2009 foram feitas 45 mil cirurgias - 25% delas por meio do vídeo. Em 2010, das 60 mil operações, 35% foram por vídeo. Também foram incluídas na lista de cobertura de cirurgias por vídeo as de intestino e do aparelho digestivo.

Além disso, a ANS aumentou a cobertura de exames como o PET-Scan, um dos mais modernos de diagnóstico por imagem. A partir de amanhã, os planos terão de cobrir o PET-Scan para câncer de intestino, além de linfoma e câncer de pulmão.

A ANS também alterou o número de consultas com nutricionistas, tornando ilimitado, por exemplo, os atendimentos para diabéticos que usam insulina. O novo rol também contempla sessões de oxigenoterapia para tratar pré diabético. E incluiu o implante bicoclear para pessoas com deficiências auditivas.

Outra novidade é a obrigatoriedade dos planos de pagar terapias imunológicas para pacientes com doenças reumatológicas. São terapias mais modernas, seguras, que causam menos efeitos colaterais e estancam o avanço da doença. Trata-se de um tratamento de alto custo que não é coberto pelo SUS.

Segundo Karla Coelho, gerente de atenção à saúde da ANS, a inclusão dos novos procedimentos ocorreu depois de uma série de reuniões com especialistas das áreas, operadoras de planos, prestadores de serviço e órgãos de defesa do consumidor.

A agência lançou uma consulta pública no site e recebeu cerca de 8 mil demandas e sugestões que foram analisadas pelo grupo técnico. "Cerca de 70% das sugestões vinham de usuários que solicitavam a inclusão de novos procedimentos", diz Karla. Clique aqui http://neutoncesar.blogspot.com/2011/12/novas-coberturas-de-planos-de-saude.htmlpara ter acesso à listagem completa dos novos procedimentos.

Hamilton Pereira entrega dossiê sobre o CHS ao Ministro da Saúde

Alexandre Padilha falou sobre a Tabela SUS e o Plano Nacional de Combate ao Crack em Audiência Pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo


Durante Audiência Pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na tarde de terça-feira (13/12), o deputado estadual Hamilton Pereira (PT) protocolou um dossiê sobre os problemas do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS).

No documento, o deputado faz referência ao caso de fraudes em licitações e em plantões médicos apurado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que através do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia contra 48 pessoas por crimes de formação de quadrilha ou bando, peculato, falsidade ideológica, fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva e homicídio.

Hamilton Pereira também resgata ações realizadas em anos anteriores como a da Comissão de Representação da Assembleia Legislativa de São Paulo, formada em 2001 e que encaminhou um relatório à Secretaria Estadual de Saúde. Outra referência feita pelo parlamentar é em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para investigar a remuneração dos serviços médico hospitalares do estado, que incluiu em seu relatório final uma orientação para que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) fizesse uma auditoria sobre os contratos firmados pelo CHS para terceirização de vários serviços.

Para Hamilton Pereira, "a necessidade de interferência da Polícia no caso foi um tapa na cara da sociedade, porque comprovou a má vontade e total falta de interesse do Poder Executivo em buscar uma solução para o CHS chegando, de certa forma, a ser conivente com essa situação".

O deputado relata ainda a constituição de uma comissão de intervenção formada pelo Poder Executivo, e critica a maneira fechada como têm sido encaminhadas as questões referentes ao Conjunto Hospitalar, sem a participação da sociedade. "E os problemas continuam repercutindo, continuam sendo denunciados e uma manifestação dos servidores que atuam na Unidade trouxe à tona o fato de que duas funcionárias indiciadas pelo Ministério Público por conta da Operação Hipócrates continuarem nas mesmas funções que exerciam".

Hamilton Pereira conclui o relatório com um apelo de socorro ao Ministério da Saúde para que colabore na busca de uma solução para o problema do CHS. "Nosso objetivo com esse relatório é fazer um pedido de socorro ao Ministério da Saúde e ao Governo Federal para que nos ajudem a encontrar uma solução para esse problema, que é motivo de vergonha para a sociedade paulista e, notadamente, da região de Sorocaba", conclui.

Tabela SUS

Durante a Audiência, o Ministro falou sobre o Plano de Combate ao Crack do Governo Federal e apresentou novos parâmetros de remuneração dos serviços hospitalares em todo o País. Ele explicou que o Governo Federal está estabelecendo novos parâmetros para garantir a qualidade do atendimento integral, fugindo da visão que se estabeleceu sobre as pessoas como "coleções de exames e procedimentos".

Ele defendeu que o sistema de remuneração através da Tabela SUS alimenta a formação de "feudos" no sistema hospitalar, onde alguns são bem remunerados e outros não. "O mais comum é ter várias especialidades bem remuneradas e os pronto-socorros, a urgência e emergência, que têm baixa rentabilidade, serem negligenciadas, com baixas condições de atender adequadamente", afirmou Padilha.

O Ministro explicou ainda que o Governo Federal está disponibilizando aportes que ampliam o Teto Financeiro de Estados e Municípios que passem a fazer parte das redes de atendimento propostas pelo Ministério da Saúde, como no caso do atendimento à dependência química.

Além disso, R$300 milhões estão à disposição dos gestores municipais e estaduais para negociação com as Santas Casas e hospitais filantrópicos. "É um incentivo para um contrato de metas, de qualidade, de gestão e incentivo para quem é 100% SUS", explicou o Ministro. "Quem quiser ser 100% SUS tem um aporte de 20% a mais de recursos", completou.

Padilha encerrou falando do programa de incentivo à qualidade do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. "Tradicionalmente, o Ministério da Saúde repassava recursos para a Atenção Básica à Saúde, ou pelo tamanho da população, ou pelas equipes contratadas no programa Saúde da Família", afirmou. "O Ministério da Saúde faz um esforço para dobrar o que passa para a equipe que atende numa determinada Unidade de Saúde, desde que ela cumpra indicadores de qualidade no atendimento à população", concluiu.


Fonte: Assessoria de Imprensa

VEJA VIDEO DA AUDIÊNCIA EM: http://www.hamiltonpereira.org.br/noticias/hamilton-pereira-entrega-dossie-sobre-o-chs-ao-ministro-da-saude/20111214155324_V_551

domingo, 8 de janeiro de 2012

CONSULTÓRIOS AMBULANTES

Paulo de Argollo Mendes, Médico e presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers)- ZERO HORA 13/12/2011

Em artigo recentemente publicado neste espaço, o superintendente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) reconhece que “há um conjunto de questões internas que precisam ser enfrentadas”. É muito pouco para descrever os descompassos administrativos que ali se evidenciam. Vivemos uma histórica confusão entre Estado, governo e administração. O GHC é exemplo cabal disso. A cada troca de partido – ou mudança na repartição de cargos entre as tendências internas da legenda –, altera-se até o chefe da bica de água, quebra-se a normalidade administrativa e introduzem-se correligionários que nunca antes pisaram no hospital, nem mesmo para uma consulta. O artigo cita números que os médicos, habituados ao dia a dia da instituição, desconhecem de onde foram tirados. A verdade é que qualquer um pode, a qualquer hora do dia ou da noite, ver com seus próprios olhos o amontoado de pacientes em que se transformou a emergência do Hospital Conceição, apesar do esforço desesperado dos médicos para salvar vidas, tentando compensar a falta de estrutura e de leitos.

A presidente da República ocupou bom tempo, em rede nacional de rádio e televisão, a fim de anunciar seu plano de governo na saúde, que pode ser sintetizado em poucas palavras: vou retirar recursos dos serviços em funcionamento e alocá-los em planos mirabolantes, mas com forte apelo midiático. Em nenhum momento, de todo aquele palavrório, a presidente comprometeu-se a sancionar a regulamentação da Emenda 29, essa, sim, capaz de trazer dinheiro novo para a saúde, o que só seria assegurado com a garantia de repasse de 10% da receita corrente bruta da União ao setor. A emenda acabou passando no Senado, com apoio de governistas, mas com a variação nominal do PIB como indexador, o que é flagrantemente insuficiente!

Algumas iniciativas, como consultórios ambulantes para atender viciados que vivem sob pontes e marquises, chegam a ser patéticas e não resistem à primeira pergunta: se o usuário concordar em internar-se para desintoxicação, onde iremos abrigá-lo? A carência de vagas é exasperante e faz com que mães acorrentem seus filhos para afastá-los dos traficantes.

Nos últimos 20 anos, o Estado perdeu 12.139 leitos do SUS, um recuo de 34,6%, enquanto a população cresceu 17% no mesmo período. Somos a unidade da federação que menos investe na assistência, e Porto Alegre é a campeã, entre os mais de 5 mil municípios brasileiros, em incidência de aids. Sobram promessas na saúde. Falta seriedade

FONTE: http://caosnasaudepublica.blogspot.com/2011/12/consultorios-ambulantes.html

A SAÚDE que temos, o SUS que queremos.

José Gomes Temporão
A recente aprovação da EC 29 pelo senado permite uma análise das perspectivas do SUS a partir de suas bases de financiamento.
Em primeiro lugar é necessário reconhecer a grande vitória que foi a definição conceitual de gastos em saúde. Isso permitirá um monitoramento mais adequado do cumprimento da legislação por estados e municípios, além da captação de recursos adicionais estimados em cerca de três bilhões de reais /ano, embora seja consenso que esse volume de recursos será claramente insuficiente para atender as necessidades do financiamento setorial. Estas, baseiam-se em inúmeros estudos que as justificam além das inevitáveis comparações com o padrão de gastos de países com o mesmo grau de desenvolvimento (como Argentina e Chile) ou com nossas referências históricas como Canadá e Inglaterra.
De outro lado, ficou o sentimento de frustação trazido pela manutenção das atuais regras de participação da União no financiamento do SUS. A rejeição pelo Senado da proposta de 10% das receitas como critério de participação da União, ao lado da retirada do dispositivo que permitiria a criação de uma nova fonte específica de recursos; trouxeram a certeza de que ainda teremos muita luta pela frente para dar ao SUS a base econômico-financeira que lhe permita cumprir o mandato constitucional.
Sem a perspectiva de contar com recursos adicionais substantivos no curto prazo, mantem-se o horizonte de subfinanciamento crônico e portanto, a impossibilidade de fortalecimento e consolidação do SUS. Mantendo-se as atuais regras do jogo de estímulo ao mercado de planos e seguros através de subsídios variados e expressiva renúncia fiscal, consolida-se uma dinâmica de criação de um vetor pró fortalecimento do mercado privado. Outra não é, por exemplo, a lógica que rege o PL de autoria da senadora Lucia Vania (PSDB-GO) aprovado no dia 6 de dezembro na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que permite a venda dos chamados planos com cobertura reduzida “para diminuir o custo do produto, conforme a autora, tornando-o acessível a um maior número de pessoas”. Estratégia de olho na nova classe média seduzida pela ideologia consumista de ter um plano de saúde como sinônimo de segurança e ascensão social.
Do ponto de vista mais geral persiste nas áreas “duras” do Estado como Fazenda e Planejamento, uma visão estereotipada e equivocada que vê a hipótese de ampliação dos dispêndios no setor público como ameaça ao controle das contas públicas, não conseguindo perceber a saúde e sua dinâmica própria de desenvolvimento, inovação, criação de emprego qualificado e de riqueza, ou seja, como um dos pólos mais dinâmicos da economia. O SUS deve ser percebido como uma política capaz de ajudar a superar a crise e não como setor que implica em “gastos” adicionais.
Essa visão anacrônica é reforçada pelo discurso fartamente veiculado pela grande mídia, de que o problema do SUS não é de financiamento e sim de gestão buscando consolidar na opinião pública uma posição de rejeição a propostas que busquem a ampliação do financiamento público para o SUS.
Por fim, esse conjunto de dificuldades enfrentadas na busca de uma base sólida de financiamento setorial, expressa a meu ver sinal inequívoco de perda de hegemonia do que já se denominou no passado de “Movimento da Reforma Sanitária” o que coloca para nós todos, comprometidos com esse processo histórico, a necessidade de repensar nossas estratégias na busca de consolidar “ a saúde como direito de todos e dever do Estado”.

José Gomes Temporão é médico-sanitarista e exministro da saúde no governo Lula.
FONTE: http://asaudequetemososusquequeremos.wordpress.com/2011/12/22/as-perspectivas-do-sus/

A desesperada tentativa de interiorizar a saúde

Por Leonardo C M Savassi – docente da Universidade Federal de Ouro Preto

Assistimos ao longo deste ano de 2011 uma série de iniciativas visando a interiorização e “periferização” de médicos, em especial para atuarem na Estratégia Saúde da Família.

Estas iniciativas são de tal maneira intensas que chegamos ao ponto de ter uma Portaria que durou menos de dois meses. A portaria ministerial 2.027, de 25 de agosto, durou até o dia 21 de outubro, data da publicação da Nova Política de Atenção Básica.

Que modifica o que se chamava de equipe transitória: antes dois médicos de 20 horas por equipe era transitório, na nova PNAB passa a ser uma equipe definitiva, sendo considerado transitório somente um médico de 20 horas por equipe a partir de então.

Em meio aos diversos formatos de “equipe” cuja composição colocava equipes a serem fatiadas de acordo com os médicos (1/2, 2/3, 3/4), a falecida 2.027 foi apelidada de Portaria Samuel Blaustein (“fazemos qualquer negócio”) informalmente na lista de discussões da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

Já em 01 de setembro de 2011, a portaria interministerial 2.087 definiu o bônus de 10 a 20% em provas de residência para médicos recém-formados (os chamados generalistas não-especialistas) que se disponham a atuar em equipes de Saúde da Família. Esta portaria, por sinal, levou ao arquivamento do Projeto de Lei 1363/2011, que foi retirado pelos autores da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Discussões a parte, e opiniões em contrário de Entidades Estudantis, do CREMESP, dentre outros, recentemente a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo já avisou que não adotará o bônus.

Observamos, então, um esforço vertiginoso no sentido de se incentivar o deslocamento de médicos para locais de difícil fixação, fugindo um pouco do mérito de condições de trabalho e de uma carreira de estado.

Médicos são regulados, queiramos ou não, pelo mercado de trabalho, e como todos os profissionais, necessitam de algumas garantias para se interessarem.

Não basta o Jornal Nacional apontar uma cidade paradisíaca como atrativo para médicos. Não basta uma propaganda de apelo emocional, pois entidades médicas e movimentos médicos informais já deram sua resposta negativa ao incentivo:


Saúde mais Perto de Você – Ministério da Saúde


Resposta – Movimento Dignidade Médica

A questão da fixação de médicos é absolutamente multifatorial. Ela não depende apenas de remuneração ou incentivos. Ela está ligada a questões tão diversas como:

- condições de trabalho,
- acesso aos demais níveis da dita “rede poliárquica”,
- estabilidade (minimamente pela CLT),
- reconhecimento pelos pares,
- possibilidade de crescimento profissional.
- possibilidade de capacitação/ educação permanente/ reciclagem (usem o nome mais apropriado),
- possibilidade de especializações, titulações, mestrado, doutorado,
- escola de qualidade para seus filhos (e cursos de inglês, natação, etc.),
- lazer para a família,
- emprego para a esposa/ o marido (em geral profissional graduado também pelo nível superior),

Às proposições acima, duas outras respostas a médio prazo são possíveis, e já foram inclusive discutidas em momentos anteriores (não inventar a roda):

1) Estabelecer o concurso público estadual, com alocação municipal, onde médicos iniciam em municípios de pequeno porte podendo migrar para municípios maiores, respeitando o desejo e interesse do médico em permanecer onde está, caso queira. Como já ocorrem com Promotores Públicos, que têm salários bem acima dos hoje praticados na área da saúde;

2) Programa de Residência Médica integrado ao serviço “civil” voluntário ou “militar” obrigatório. Ao invés de um profissional recém-formado, menos experiente, que já é alocado com a garantia da perda do vínculo daí a um ano, porque não ser este o primeiro ano de residência (R1), de carga ambulatorial, supervisionado via médicos do exército e pelo Telessaúde, que pode ter garantia de continuidade em um R2 hospitalar (para pediatria, clínica médica e ginecologia, em unidades do Exército Brasileiro ou outras pública) ou ambulatorial (para Medicina de Família e Comunidade)? Neste caso, o médico faz o R2 se quiser, e a luta de gladiadores pelas vagas de clínica médica (medicina interna) já é um termômetro de um possível interesse.

Mesmo a flexibilização de carga horária de médicos não parece estar voltada para a captação de médicos no interior ou nas periferias. Parece estar mais direcionada aos apelos de gestores por recursos para equipes “não-ESF” e respectivos arranjos “possíveis”, podendo no máximo estimular a manutenção de profissionais em suas equipes com cargas horárias alternativas. E não mais sob financiamento (PAB fixo)*, mas agora sob estímulo federal (PAB variável).

Por fim, não custa colocar pesos nesta balança: em regiões remotas, qualquer médico é melhor do que nenhum médico? antes que alguém se proponha a responder, eu sugiro a leitura de uma revisão sobre o tema, que (não) chega a uma conclusão.

A maioria das iniciativas no mundo diz respeito a captação de médicos para zonas remotas, especialmente rurais, e os mecanismos mais exitosos para fazê-lo. Entretanto, esta mesma literatura é escassa quando o que se propõe a avaliar a retenção e mesmo as dimensões éticas do cuidado. Na palavra dos autores:

“As questões éticas específicas em torno de recrutamento rural e / ou retenção requerem uma análise mais aprofundada, não apenas por especialistas em ética, mas também por aqueles envolvidos nestes processos. Em um ambiente onde o recrutamento e / ou retenção de profissionais de saúde é cada vez mais desafiador, pode haver pressão para ignorar e / ou subestimar a importância destas questões no interesse de uma correção de curto prazo, isto é, preenchendo uma vaga . Como nós coletivamente responderemos a isto moldará a face dos cuidados de saúde rural para as próximas décadas.”

As discussões devem envolver não apenas o curto prazo, mas o médio e o longo também. Ainda mais em um país acostumado a transformar o provisório em definitivo.

* Por falar em financiamento, vale a pena citar as domingueiras de Gilson Carvalho quando lembra que a Emenda Constitucional 29 (texto constitucional) mais do que dobra o PAB Fixo desde 2000, independente da sua regulamentação, no Art. 77:

“§ 2º: Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento, no mínimo, serão aplicados nos Municípios, segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de saúde, na forma da lei.”

MPDIFICADO DE : http://www.saudecomdilma.com.br/index.php/2011/12/20/a-desesperada-tentativa-de-interiorizar-a-saude/

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Reforma na saúde coloca Reino Unido à beira de uma crise política

Em meio a edifícios semidestruídos no humilde bairro de Tower Hamlets, no leste de Londres, e muito próximo da futura zona olímpica, ergue-se um dos muitos centros médicos públicos espalhados pela cidade. Diante do prédio, uma dona de casa bengalesa de 40 anos que se apresenta como Tara, uma das milhares de imigrantes que lá vivem, afirma indignada que tem de esperar mais de três meses para ser atendida por um médico especialista, embora o tempo máximo de espera seja, em teoria, de 21 dias.

"Um amigo que sentia dores no corpo levou semanas para conseguir consultar um médico de família, que lhe receitou alguns comprimidos", conta ela. "No começo, ele disse que era tuberculose. Depois, câncer. Meu amigo teve de esperar meses para consultar um especialista e acabou morrendo. Sofria de uma doença pulmonar. Neste país, se você é pobre e fica doente, está perdido".

Ao seu lado, Monique, uma jovem francesa que trabalha como assistente social e mora em Londres há oito anos, concorda acenando a cabeça: "Em meu país, você sempre pode visitar seu médico. Aqui, você é atendido por alguém diferente a cada vez, e o serviço é péssimo. Há muita burocracia, é um desastre".
Justamente para resolver esses problemas e economizar 33 bilhões de dólares em quatro anos, em meio a uma crise econômica e com um déficit público nas nuvens, o governo da coalizão conservadora e liberal-democrata britânica propôs no outono a maior reforma do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) desde a criação da instituição, depois da Segunda Guerra Mundial. A proposta já percorreu metade do caminho para a aprovação parlamentar.

A ideia é conceder aos médicos de família o controle de 80% do orçamento de saúde, incluindo a distribuição de fundos e a compra de serviços para os pacientes, hoje a cargo de centros de gestão sanitária. A reforma também prevê a participação de empresas privadas e associações de caridade na oferta de serviços de saúde.

O Gill Street Health Care Center é um dos muitos centros hospitalares que apresentam problemas em Londres.

No entanto, o governo pouco esperava a tormenta política que provocaria, com fortes críticas dos sindicatos e associações médicas até a oposição trabalhista. O último a levantar a voz contra a reforma foi Norman Lamb, assessor político do vice-primeiro-ministro liberal, Nick Clegg, que neste fim de semana ameaçou renunciar se a proposta não for modificada.

Ele a qualificou de "arriscada", pois não fica claro o funcionamento da nova estrutura, embora ela deva entrar em vigor já em 2013. Outros afirmam que a entrada de empresas privadas poderia levar estas a escolher tratar os casos simples e deixar os mais complexos e custosos para os serviços públicos. E advertem para a falta de um sistema de controle sobre os novos administradores da saúde, as associações de médicos de família.

A crescente pressão obrigou na semana passada o primeiro-ministro David Cameron e seu ministro da Saúde, Andrew Lansley, a suspender temporariamente a reforma. Eles também anunciaram que, nas próximas semanas, participarão de diversos eventos para "escutar" a opinião dos cidadãos antes de reapresentar sua proposta – algo que, dizem muitos, deveria ter sido feito antes da apresentação ao Parlamento.

“É raríssimo um governo frear uma proposta nessa etapa da ratificação parlamentar. Isso reflete seu grau de preocupação”, afirmou ao Opera Mundi Chris Ham, diretor da fundação King's Fund e um dos mais destacados especialistas no tema. “O plano atual tem muitos problemas. No final, certamente haverá modificações substanciais, e não seria absurdo abrir um período de consultas”.

Ham observou que quase todos concordam com a necessidade de uma reforma. O fato é que, apesar de o sistema ter melhorado na última década graças a um maior investimento por parte de governos trabalhistas, a Inglaterra continua atrás da Europa, entre outros, no tratamento do câncer e nos cuidados ao idoso. Mas Ham advertiu: “A reforma, como está proposta agora, poderia piorar as coisas ainda mais. Se o governo não mudar seu curso, tentando evoluir, em vez de revolucionar o sistema, o desfecho poderá ser fatal. Logo veremos”.
MODIFICADO DE: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/11248/reforma+na+saude+coloca+reino+unido+a+beira+de+uma+crise+politica.shtml

14ª CNS | Reunião faz balanço do evento

A 14ª Conferência Nacional de Saúde voltou à pauta de discussões do Pleno do Conselho Nacional de Saúde durante o primeiro dia da 228ª Reunião Ordinária em Brasília. A coordenadora-geral da 14ª CNS e conselheira nacional, Jurema Werneck, fez um retrospecto em números das etapas municipais, estaduais e nacional.

De acordo com Werneck, o Nordeste (92%) foi a região que contou com maior percentual de realização durante a etapa municipal, seguida do Norte (86%), do Centro-Oeste (79%), Sul (78%) e Sudeste (53%). Nos 5.565 municípios brasileiros isso representou 78% de participação. Já nas 27 conferências estaduais foram mais de 29 mil participantes, o que resultou em 8.538 propostas discutidas e 878 encaminhadas para a etapa nacional.

A coordenadora-geral da 14ª CNS apresentou ainda dados referentes ao evento realizado nos dias 30 de novembro e 4 de dezembro, em Brasília, que reuniu 4537 participantes entre delegados, convidados, painelistas, imprensa, expositores, relatores e equipe de apoio. Em cinco dias, 355 propostas foram apreciadas pelos grupos de trabalho sendo 346 provenientes do Relatório Consolidado e nove de recursos. Com relação às moções foram 108 apresentadas, das quais 83 aprovadas e 12 encaminhadas aos conselhos e secretarias estaduais e municipais de saúde. Os 13 textos restantes não atingiram percentual de 10% previsto no Regimento do evento.

“Essa é a dimensão do trabalho que tivemos durante a conferência. Tivemos muitas disputas, mas também possibilidades de encontro, de debate e de realização”, disse Werneck. Ainda segundo a conselheira, a 14ª Conferência Nacional de Saúde foi marcada por forte presença do controle social, da face nítida de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e da pluralidade e mobilização de vários movimentos.

Para o conselheiro nacional representante do segmento de usuário, José Marcos de Oliveira, o processo de apresentação da Carta à Sociedade deixou dúvidas durante a Plenária Final. “A forma como foi conduzido o processo motivou muitos delegados a questionarem se a carta estaria substituindo o Relatório Final”, afirmou. Já na opinião do conselheiro representante de usuários, Clóvis Boufleur, a soberania do Plenário foi respeitada nesta questão e o documento foi aprovado pela maioria das delegações. Ele ressaltou ainda a baixa presença dos delegados durante os grupos de trabalho como um dos aspectos negativos da conferência.

De acordo com o conselheiro representante do segmento de gestores no CNS, José Eri de Medeiros, o fato de 80% dos municípios brasileiros terem discutido o tema da 14ª Conferência fortaleceu a democracia participativa. Para a conselheira e representante do segmento dos trabalhadores do SUS, Ruth Bittencourt, a realização do ato público foi o destaque e ajudou a levar a conferência para a rua. Contudo, apontou o debate da Plenária Final como pouco solidária junto aos gestores e outros segmentos, o que segundo ela, enfraqueceu o controle social.

Ao final do debate e da exposição de vários conselheiros o presidente do CNS, Alexandre Padilha, falou sobre como as conferências ajudam a priorizar a agenda da saúde. “Esses eventos ajudam a impor uma agenda para o conjunto do Sistema (SUS) e isso por si só motiva a realização das conferências. A 14ª CNS acelerou a definição do protocolo da saúde do trabalhador, que foi assinado durante a abertura do evento, acelerou a assinatura da Política Nacional de Saúde LGBT e da Política para os Povos do Campo e Floresta. Isso tudo gera um aprendizado para todos nós e uma conferência como essa apenas demonstra como o SUS está vivo”, ressaltou Padilha.

Fonte: Equipe de Comunicação do CNS
http://www.blog.saude.gov.br/14%C2%AA-cns-pleno-do-cns-faz-balanco-da-14%C2%AA-conferencia/#more-3943

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