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sábado, 21 de abril de 2012

CUSTOS INVISIVEIS NO SETOR PÚBLICO: QUEM É O RESPONSÁVEL?

Lendo o artigo do Dr. Emilio Ibraim, intitulado “Demolir a Perimetral ?” publicado em O Globo no dia 13/03/2012 este Blogueiro solitário não pode deixar de pensar no que a teoria de custos denomina “custos invisíveis” e, principalmente, quem seria o responsável pelas consequências do ato. Retiro do artigo do Dr. Emilio o seguinte trecho: “É importante registrar que o repúdio a esse projeto da Prefeitura não se restringe à manifestação da população da cidade, tendo também o respaldo de técnicos e estudiosos dos problemas urbanísticos do Rio. Impende ressaltar-se que o elevado da Perimetral é, até hoje, na área, a solução adequada para o desafogo urbano de nossa cidade…” Nos últimos dias qualquer cidadão que se desloque da Barra da Tijuca para o centro da Cidade do Rio de Janeiro não levará menos do que 2 horas para ir e 2 horas para retornar para casa, ou seja, perde 4 preciosas horas por improdutivas e geradoras de custos invisíveis, sejam em decorrência da perda de renda decorrente do não trabalho, seja por custo inerente ao stress e outra patologias a que o cidadão fica submetido e, por consequencia, geradoras de gastos na área da Saúde. Num calculo simples pode-se verificar que um cidadão que receba salário mínimo de R$ 622,00, trabalhe por mês 240 horas e se desloque diariamente, durante 22 dias, para o centro da cidade terá de acrescentar 88 horas como improdutivas, totalizando ao final de cada período de 30 dias o total de 328 horas. Isso significa que o tempo improdutivo corresponde a 26,83 desse total, enquanto, 73,17% representa o percentual liquido trabalhado. Se multiplicarmos esses dados por milhares e milhares de pessoas vamos verificar que o estado, não satisfeito por gastar mal seus recursos, obriga os cidadãos a perderem precioso tempo que poderia ser melhor utilizado. Numa época em que tanto se fala em “choque de gestão” e no estabelecimento de regras que objetivam deixar os custos mais transparentes através da “nova” contabilidade pública e mecanismos de governança corporativa é inconcebível a inexistência de pesquisas de opinião pública que levantem indicadores relacionados com as horas improdutivas decorrentes de um trânsito caótico que decisões desse tipo só fazem piorar. A ideia de custos invisíveis foi desenvolvida por Jeff Miller e Tom Vollman, dois pesquisadores que identificaram uma “fábrica oculta” por detrás dos custos indiretos. Estes conceitos podem perfeitamente ser aplicados a decisões dos governantes, tendo em vista que certos fatos sempre ficam “ocultos” por precários sistemas de informação, muito concentradas no aspecto orçamentário-financeiro. É fora de dúvida que a falta de controle e ação sobre determinadas situações levam ao nascimento dos custos invisíveis que, por sua vez, só serão conhecidos (visíveis) quando ocorrer o desembolso ou gerarem um gasto adicional. Deste modo, só irão compor as usuais planilhas de custos quando se tornarem um gasto orçamentário com a geração de desembolso de tesouraria. A visão orçamentária-financeira, sob o aspecto dos custos invisíveis constitui uma visão distorcida a partir da constatação de que tais custos são localizados em situações que decorrem de um simples desperdício do dia-a-dia (perdas decorrentes de engarrafamentos), passando pelo descontrole, incluindo o re-trabalho e os ativos ociosos. Não conseguimos entender a razão pela qual os órgãos de controle, sempre preocupados em avançar em temas modernos, como a auditoria ambiental, não incluem, entre suas preocupações, os custos invisiveis provocados por escolhas orçamentárias erradas. Entre os custos invisíveis podemos incluir questão relativas aos recursos materiais e à gestão, como a seguir: 1. Custos do tempo ocioso em engarrafamentos provocados por decisões mal planejadas; 2. Os custos gerados pela ociosidade dos Ativos como é o caso da CIDADE DA MÚSICA. 3. Os custos da falta de planejamento e do planejamento focado no curto prazo com vistas, apenas, ao processo eleitoral. 4. Os custos decorrentes da incoerência nas decisões entre produzir internamente ou terceirizar como no caso das OSIP´s na área da SAÚDE. http://linomartins.wordpress.com/2012/03/14/custos-invisiveis-no-setor-publico-quem-e-o-responsavel/

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