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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

SEGURANÇA DOS ALIMENTOS E REMÉDIOS

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA, PRESIDENTE DA GS1 BRASIL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO - ZERO HORA 19/12/2011

A cada ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza em torno de 200 casos de fraude e contaminação de alimentos de grandes proporções em todo o mundo. Fatos importantes vieram à tona em 2011, como a descoberta de alimentos vencidos em hotéis de luxo de São Paulo, a contaminação de um lote de achocolatado, que atingiu os consumidores gaúchos, e a bactéria E. coli, na Europa.

A segurança dos alimentos e dos remédios tornou-se uma questão crítica e prioritária, e a rastreabilidade é um dos caminhos mais eficazes para garantir a adoção de um controle efetivo e a rápida retirada do mercado dos alimentos contaminados em momento de crise alimentar. Através desse sistema, é possível saber todo o percurso que o produto fez até chegar ao destino final, pois permite conhecer a precisa identificação de cada item, sua proveniência e localização. Com essas indicações, caso surja algum problema, é possível encontrar todo o lote contaminado e, se necessário, retirá-lo do mercado em tempo real, além de averiguar a responsabilidade dos envolvidos no processo.

As estatísticas também reforçam a importância de um acompanhamento preciso na área da saúde. Não há dados oficiais no Brasil, mas, segundo o Institute of Medicine dos Estados Unidos, mais de 7 mil pessoas morrem anualmente e 1,5 milhão sofre graves danos por erros de medicação no país norte-americano. O prejuízo financeiro chega a US$ 3,5 bilhões, de acordo com o estudo Preventing Medication Errors.

Por aqui, as notícias dão conta da gravidade dos fatos que podem decorrer da falta de controle. Do ano passado para cá, duas pessoas morreram no país vítimas de injeção acidental de vaselina em lugar de soro, devido à semelhança nas embalagens. Episódios como esses demonstram a necessidade de o sistema de saúde rastrear os medicamentos, garantindo a segurança do paciente tanto com relação à autenticidade dos remédios, evitando a pirataria, quanto com sua correta administração pelos agentes de saúde.

Os brasileiros, seguindo uma tendência mundial, estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade e origem dos produtos. A tendência é que cada vez se cobre dos governos e das empresas um gerenciamento efetivo das cadeias produtivas e rastreabilidade dos produtos. Quem faz a lição de casa ganha duas vezes: conquista a confiança do consumidor e abre as portas para o comércio mundial, que também tem sido criterioso quanto ao controle de origem

FONTE: http://caosnasaudepublica.blogspot.com/2011/12/seguranca-dos-alimentos-e-remedios.html

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